Pessoa segura smartphone com as mãos. (Freepik)
Redator freelancer
Publicado em 14 de março de 2024 às 20h03.
Com as câmeras dos smartphones ficando cada vez mais avançadas, é natural que as fotos fiquem cada vez mais pesadas e ocupem mais e mais espaço no seu armazenamento. Entretanto, na intenção de economizar recursos do aparelho, você pode acabar apagando uma imagem importante sem querer.
Abaixo, você confere dicas para, sempre que possível, recuperar arquivos deletados e evitar que suas memórias de ocasiões especiais sejam perdidas para sempre.
Embora “recuperação de fotos” pareça um assunto relativamente simples para a maioria, a realidade é que isso requer um pouco mais de atenção do que você pode esperar.
Isso porque, além do clássico “procure pela foto deletada na lixeira”, existem outras premissas que podem levar ou remover suas imagens de outros lugares: especificamente no caso do Android e do iOS, as plataformas de nuvem de cada sistema (Google Drive para um, iCloud para o outro) também devem ser consideradas.
Por isso, nas dicas a seguir, vamos levar em consideração que a lixeira do seu aparelho não é uma opção. Isso dito…
Nos modelos mais recentes do iPhone, a Apple criou o álbum “Apagados”, que funciona mais ou menos como a Lixeira. Em outras palavras: arquivos deletados de suas posições normais são enviados a ele, onde ficarão por 30 dias. Para recuperá-los, basta usar o TouchID ou o FaceID para acessar o álbum “Apagados” (dentro do aplicativo nativo “Fotos”) e selecionar as imagens a serem restauradas.
Agora, aquelas imagens que passaram do prazo ou foram manualmente apagadas deste álbum específico, ainda podem ser recuperadas pelo painel de controle do iCloud. Isso porque o serviço de nuvem da Apple sincroniza seus arquivos nos servidores da empresa, tornando-os acessíveis a partir de qualquer dispositivo compatível. Para tirar proveito disso, basta seguir as dicas abaixo:
No Android, o processo tende a ser um pouquinho mais complicado devido à natureza do sistema operacional: vários smartphones apostam em um app dedicado de galeria de imagens (que, por si só, já contém uma Lixeira), enquanto outros preferem a experiência mais pura, contando com o Google Fotos para exibição e armazenamento de imagens.
Nos passos a seguir, vamos considerar que a galeria nativa não é mais uma opção, o que levaria todo e qualquer modelo a seguir os procedimentos a seguir, independente de fabricante:
No caso do seu desktop ou notebook, a Lixeira é a primeira parada para quem eliminou um arquivo por engano – e normalmente, isso resolve: basta você abrir a aplicação, encontrar a imagem desejada e restaurá-la.
A Lixeira, no entanto, é uma aplicação para a qual o Windows determina uma capacidade máxima em megabytes (MB). Uma vez que a sua Lixeira ultrapassar essa capacidade, arquivos eliminados depois disso serão excluídos em definitivo. A boa notícia é que ainda é possível recuperá-los.
Isso porque, mesmo fora da Lixeira, o arquivo ainda está com seu espaço determinado no seu disco de armazenamento (HD ou SSD) e, desde que este espaço não seja sobrescrito (o ato de salvar um arquivo novo onde já existe um anterior), é possível recuperá-lo por meio de programas e aplicações específicas para isso – algumas opções bem populares são o Recuva e o FreeUndelete.
Alternadamente, você pode aumentar a capacidade da Lixeira, para suportar mais dados – ou arquivos. Para isso, basta você:
No MacOS, o processo é quase o mesmo, com o adendo de que a Apple detém um controle automático maior sobre arquivos temporários e apagados que o Windows: a fabricante do iMac e Macbook, por exemplo, move todo arquivo temporário para a pasta “Lixo” caso um app se encerre de forma inesperada, por exemplo.
A recuperação é a mais simples possível: abra a aplicação correspondente ao “Lixo” e selecione o arquivo a ser recuperado.
O Google Drive, serviço de armazenamento de arquivos em nuvem do Google, é geralmente a opção mais óbvia (junto do iCloud, para o iOS) para armazenar dados sem esgotar o armazenamento local de um dispositivo.
Entretanto, o apagamento destes arquivos não tem uma premissa de recuperação além do “verifique a Lixeira e restaure o que estiver lá”. Todo arquivo que vai para a Lixeira do Google Drive – seja um álbum de fotos, vídeos ou qualquer outra natureza – será automaticamente (e permanentemente) excluído em 30 dias. Quer salvar o material? Então tire-o de lá.
Há, no entanto, uma forma de recuperar arquivos para usuários empresariais do Google Drive – aqueles que têm planos pagos têm acesso a ferramentas de recuperação mais avançadas pois, geralmente, os projetos armazenados nestes casos envolvem a saúde de empresas e outros negócios. Depois de excluídos da Lixeira, esses dados ficam nos servidores do Google por mais 25 dias adicionais, onde uma ferramenta de recuperação pode trazê-los de volta. Entretanto, ela só faz isso em pacotes determinados apenas por administradores de conta.
Por exemplo: você tem uma empresa e um funcionário seu se demite ou é demitido. A conta dele no Drive empresarial é excluída mas, sem perceber, você eliminou projetos que ainda estavam em andamento. A partir daí, você deve seguir os seguintes passos:
Aqui, cabe uma informação importante: se mais usuários foram excluídos, você terá que realizar os passos acima uma vez por vez. Se começar um projeto de recuperação enquanto outro ainda estiver em curso, aquele já iniciado será excluído e os dados, totalmente perdidos.
Mais além, saiba que, dependendo do volume de dados a serem recuperados, o processo pode ir de meros minutos a vários dias.
Na maioria dos casos, uma foto apagada da Lixeira é…justamente isso: uma foto apagada em caráter permanente, nunca mais sendo acessada ou recuperada. É claro que há variações disso, mas normalmente, a Lixeira é o “destino final” antes de você tomar a última decisão quanto a aquele arquivo.
Isso dito, há instâncias onde é possível recuperar imagens mesmo após serem apagadas da Lixeira, tais como:
Quando você elimina um arquivo da Lixeira do seu dispositivo e também da Lixeira do seu serviço de nuvem, este arquivo – seja foto, vídeo, música ou qualquer outro – é perdido para sempre. Por essa razão, alguns serviços de sincronização automática vêm acionados por padrão ou são oferecidos a você no momento de configuração de um aparelho.
Há também a possibilidade de você fazer um backup para algum dispositivo de armazenamento externo, como um pendrive, um disco rígido (HD) ou de estado sólido (SSD), mas isso não é bem “recuperar” algo que se perdeu, e sim movimentá-lo de um lugar para outro.
De qualquer forma, é sempre bom manter suas opções de backup de dados acionadas, sempre tendo mais de uma para assegurar que suas memórias continuem preservadas no universo digital.