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Ex-vizinhos de Zuckerberg querem US$1,7 mi de desenvolvedor

Ex-vizinhos se interessam pelo desenvolvedor que conseguiu fazer com que Zuckerberg lhe pagasse para não construir mansão com vista para a casa dele

Mark Zuckerberg: ex-vizinhos querem que o desenvolvedor lhes entregue o US$ 1,7 milhão que cobrou para descartar planos de construir casa com vista para o quarto principal de Zuckerberg (Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2015 às 21h18.

San Jose - Os antigos vizinhos de Mark Zuckerberg têm um interesse pessoal pelo desenvolvedor que obteve os direitos para sua propriedade e depois conseguiu que o fundador do Facebook Inc. lhe pagasse para não construir uma mansão com vista para a casa dele.

Se alguém merecia que o bilionário de 31 anos lhe pagasse US$ 1,7 milhão extra, sustentam os ex-vizinhos em Palo Alto, Califórnia, eram eles.

O desenvolvedor Mircea Voskerician está pressionando para processar Zuckerberg por acusações de voltar atrás em uma promessa de apresentá-lo às elites tecnológicas do Vale do Silício como parte do seu acordo pelo terreno, e agora ele está sendo acusado de enganar o casal que era dono da propriedade.

É possível que um juiz marque uma data para processar Zuckerberg nesta terça-feira.

Moris Kori e Betty Frayman-Kori afirmam em uma ação judicial que Voskerician conspirou em segredo com seu agente imobiliário para adquirir os direitos da sua casa e vendê-la a Zuckerberg em 2012 – apesar de que eles vinham tentando que Zuckerberg comprasse sua parte desde o ano anterior.

Os Kori sustentam que o valor de mercado justo da sua propriedade era muito mais alto dos que os US$ 4,8 milhões que eles concordaram em aceitar de Voskerician.

Dizendo que foram ludibriados, eles querem que o desenvolvedor lhes entregue o US$ 1,7 milhão que cobrou de Zuckerberg para descartar os planos de construir uma casa de 891,8 metros quadrados com vista para o quarto principal do CEO do Facebook.

Sem depósito

Os Kori afirmam que enquanto eles estavam nas negociações finais com Voskerician, seu agente da Alain Pinel Realtors Inc. os incitou a assinar um contrato rapidamente apesar de que o desenvolvedor não tinha feito um depósito, o que lhe deu mais tempo para negociar com Zuckerberg nos bastidores.

Os Kori disseram na sua ação judicial que eles concordaram em transferir seu contrato com Voskerician para o que lhes fizeram acreditar que fosse uma entidade controlada pela empresa de desenvolvimentos dele. Na verdade, o dono daquela entidade, a SFRP LLC, era Zuckerberg, disseram eles.

O casal alega que não soube que Zuckerberg era o comprador procurado e final da sua casa até que seus advogados lhes contaram em maio de 2014, mês em que Zuckerberg foi processado por Voskerician pela acusação de quebrar sua promessa de ajudá-lo a fazer contatos com executivos da tecnologia.

Voskerician “representou falsamente sua intenção de adquirir a propriedade”, de acordo com a ação judicial. “Na realidade, ele nunca pretendeu executar o contrato e em vez disso visava vendê-lo” para Zuckerberg.

‘Dor de cotovelo’

O advogado de Voskerician, David Draper, chamou a ação judicial de “dor de cotovelo”. Ele disse que os Kori não conseguiram fechar um acordo com Zuckerberg porque a princípio ele não estava interessado.

Quando os Kori assinaram um contrato com Voskerician em 2012, eles receberam US$ 400.000 a mais que sua cotação para venda.

Em 2013, uma empresa que administra as finanças de Zuckerberg, a Iconiq Capital LLC, comprou outras três propriedades que rodeiam sua casa, uma delas por US$ 10,5 milhões, outra por US$ 14 milhões e a terceira por US$ 14,5 milhões, segundo a secretaria do exator do condado de Santa Clara.

“Os Kori apresentam esta ação judicial porque não estão contentes por terem vendido a propriedade um ano antes que os Zuckerberg pagassem US$ 38,5 milhões a três dos seus antigos vizinhos pelo bairro”, disse Draper em entrevista por telefone.

“Temos evidência documentada que mostra que o que eles estão dizendo sobre o senhor Voskerician não é verdade e eles sabem disso”.

Derk Brill, um agente imobiliário da Alain Pinel que representava os Kori e é nomeado como réu na sua ação judicial, não respondeu a um telefonema em busca de comentários a respeito feito na segunda-feira.

O advogado de Zuckerberg, Patrick Gunn, não respondeu imediatamente a um e-mail pedindo comentários sobre a ação judicial apresentada pelos Kori.

Os advogados de Zuckerberg disseram em documentos apresentados no tribunal que o desenvolvedor empregou táticas “extorsivas” para lucrar com o desejo de privacidade do bilionário.

Zuckerberg negou as acusações de ter faltado à sua palavra de apresentar Voskerician a contatos no Vale do Silício.

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Se alguém merecia que o bilionário de 31 anos lhe pagasse US$ 1,7 milhão extra, sustentam os ex-vizinhos em Palo Alto, Califórnia, eram eles.

O desenvolvedor Mircea Voskerician está pressionando para processar Zuckerberg por acusações de voltar atrás em uma promessa de apresentá-lo às elites tecnológicas do Vale do Silício como parte do seu acordo pelo terreno, e agora ele está sendo acusado de enganar o casal que era dono da propriedade.

É possível que um juiz marque uma data para processar Zuckerberg nesta terça-feira.

Moris Kori e Betty Frayman-Kori afirmam em uma ação judicial que Voskerician conspirou em segredo com seu agente imobiliário para adquirir os direitos da sua casa e vendê-la a Zuckerberg em 2012 – apesar de que eles vinham tentando que Zuckerberg comprasse sua parte desde o ano anterior.

Os Kori sustentam que o valor de mercado justo da sua propriedade era muito mais alto dos que os US$ 4,8 milhões que eles concordaram em aceitar de Voskerician.

Dizendo que foram ludibriados, eles querem que o desenvolvedor lhes entregue o US$ 1,7 milhão que cobrou de Zuckerberg para descartar os planos de construir uma casa de 891,8 metros quadrados com vista para o quarto principal do CEO do Facebook.

Sem depósito

Os Kori afirmam que enquanto eles estavam nas negociações finais com Voskerician, seu agente da Alain Pinel Realtors Inc. os incitou a assinar um contrato rapidamente apesar de que o desenvolvedor não tinha feito um depósito, o que lhe deu mais tempo para negociar com Zuckerberg nos bastidores.

Os Kori disseram na sua ação judicial que eles concordaram em transferir seu contrato com Voskerician para o que lhes fizeram acreditar que fosse uma entidade controlada pela empresa de desenvolvimentos dele. Na verdade, o dono daquela entidade, a SFRP LLC, era Zuckerberg, disseram eles.

O casal alega que não soube que Zuckerberg era o comprador procurado e final da sua casa até que seus advogados lhes contaram em maio de 2014, mês em que Zuckerberg foi processado por Voskerician pela acusação de quebrar sua promessa de ajudá-lo a fazer contatos com executivos da tecnologia.

Voskerician “representou falsamente sua intenção de adquirir a propriedade”, de acordo com a ação judicial. “Na realidade, ele nunca pretendeu executar o contrato e em vez disso visava vendê-lo” para Zuckerberg.

‘Dor de cotovelo’

O advogado de Voskerician, David Draper, chamou a ação judicial de “dor de cotovelo”. Ele disse que os Kori não conseguiram fechar um acordo com Zuckerberg porque a princípio ele não estava interessado.

Quando os Kori assinaram um contrato com Voskerician em 2012, eles receberam US$ 400.000 a mais que sua cotação para venda.

Em 2013, uma empresa que administra as finanças de Zuckerberg, a Iconiq Capital LLC, comprou outras três propriedades que rodeiam sua casa, uma delas por US$ 10,5 milhões, outra por US$ 14 milhões e a terceira por US$ 14,5 milhões, segundo a secretaria do exator do condado de Santa Clara.

“Os Kori apresentam esta ação judicial porque não estão contentes por terem vendido a propriedade um ano antes que os Zuckerberg pagassem US$ 38,5 milhões a três dos seus antigos vizinhos pelo bairro”, disse Draper em entrevista por telefone.

“Temos evidência documentada que mostra que o que eles estão dizendo sobre o senhor Voskerician não é verdade e eles sabem disso”.

Derk Brill, um agente imobiliário da Alain Pinel que representava os Kori e é nomeado como réu na sua ação judicial, não respondeu a um telefonema em busca de comentários a respeito feito na segunda-feira.

O advogado de Zuckerberg, Patrick Gunn, não respondeu imediatamente a um e-mail pedindo comentários sobre a ação judicial apresentada pelos Kori.

Os advogados de Zuckerberg disseram em documentos apresentados no tribunal que o desenvolvedor empregou táticas “extorsivas” para lucrar com o desejo de privacidade do bilionário.

Zuckerberg negou as acusações de ter faltado à sua palavra de apresentar Voskerician a contatos no Vale do Silício.

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