Tecnologia

Estudo sobre QI dos usuários do Internet Explorer é falso

A pesquisa que dizia que o QI de quem usa Internet Explorer é mais baixo que o de usuários de outros browsers era uma brincadeira

Diferentemente do que foi noticiado no mundo inteiro, não há relação conhecida entre QI e escolha do browser  (Reprodução/Microsoft)

Diferentemente do que foi noticiado no mundo inteiro, não há relação conhecida entre QI e escolha do browser (Reprodução/Microsoft)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2011 às 14h59.

São Paulo - Uma investigação, iniciada por leitores do site BBC News, na Inglaterra, apontou inconsistências no registro da empresa AptiQuant, responsável por uma pesquisa que relaciona o uso do Internet Explorer a baixos níveis de QI. No estudo, agora apontado como falso, a AptiQuant afirma que usuários do browser da Microsoft apresentaram QI baixo, em comparação com a inteligência de usuários de outros navegadores.

Ao pesquisar os dados de registro da empresa, leitores da BBC News descobriram que o domínio do site da AptiQuant foi aberto somente neste ano, o que contradiz o fato da pesquisa ter sido realizada em 2006, como informou a Apti no suposto estudo do IE. A empresa francesa Central Test também identificou que as fotos de pesquisadores que aparecem no site da AptiQuant são, na verdade, imagens de seus funcionários, que foram indevidamente copiadas de seu site institucional.

O site da AptiQuant continua no ar, assim como sua página no Facebook. Porém, o perfil da empresa no Twitter foi cancelado nesta quarta-feira (03). A falsa pesquisa foi divulgada por vários veículos de comunicação como CNN, Forbes, BBC News e Daily Mail. INFO Online também divulgou o falso estudo (a notícia foi publicada também por EXAME.com).

Os autores do falso estudo chegaram a conceder entrevistas a alguns veículos internacionais, mas não puderam ser localizados após a descoberta de que sua pesquisa era, na verdade, uma brincadeira. A Justiça do Reino Unido abrirá uma investigação para determinar quem são as pessoas por trás do falso estudo e da criação da AptiQuant. Se comprovada intenção de lesar a Microsoft com a ação, os responsáveis pela pesquisa podem ser legalmente punidos.

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