Tecnologia

Era uma vez uma Fenasoft...

SÃO PAULO - Quem entra na nova Fenasoft, a princípio, se assusta: cadê aquelas centenas de expositores, as moças com roupas chamativas, a fila na porta, o barulho ensurdecedor? Ou, ainda, milhares de pessoas saindo cheias de sacolas com compras e brindes? Nada disso pode ser visto na 16ª edição do evento - sobretudo no […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h39.

SÃO PAULO - Quem entra na nova Fenasoft, a princípio, se assusta: cadê aquelas centenas de expositores, as moças com roupas chamativas, a fila na porta, o barulho ensurdecedor? Ou, ainda, milhares de pessoas saindo cheias de sacolas com compras e brindes?

Nada disso pode ser visto na 16ª edição do evento - sobretudo no que se refere à onda humana passeando pelos corredores. E é assim, aparentemente, porque o organizador da feira, Max Gonçalves, quis.

"Não quero bagunça, não quero agito. Esta agora é uma feira corporativa, e eu paguei uma fortuna para que fosse assim", declarou Max ao Plantão INFO. Enquanto isso, aparece um "cartucho de tinta alucinado" pulando entre os estandes ou duas garotas caracterizadas como diabinhas, distribuindo panfletos do FreBSD - presente no pavilhão de Santa Catarina. Nada mais, e chega a ser estranho para quem conheceu as versões anteriores do evento.

Gonçalves demostra falar sério. Sua crença maior, agora, ele garante, é no atendimento ao cliente. Ele explica que foi por esse motivo que proibiu o Carrefour e o Makro, dois únicos grandes varejistas presentes à Fenasoft, de venderem produtos cujas empresas não estivessem expondo suas tecnologias logo ao lado. "Esse é o ponto principal agora. Não adianta nada vender e não atender ao cliente. Hoje a tecnologia completa as pessoas, elas querem vir aqui descobrir como os produtos funcionam, discutir a tecnologia em suas vidas. A nova Fenasoft é a vitória do consumidor". A idéia da mudança de perfil, segundo ele, surgiu depois da organização de a Fenasoft receber levas de e-mails onde os visitantes de edições anteriores reclamavam de não conseguir conversar com quem fabricava o produto que eles queriam comprar.

Não ver milhares de pessoas circulando pelos corredores da Expo Center Norte - aliás, não são três pavilhões, conforme o divulgado, mas sim apenas dois, o branco e o azul - também deixa uma sensação esquisita.

Prova de que o perfil da feira mudou mesmo, e que os dias de varejão animado e internet ficaram no passado. Max diz que a Fenasoft funcionava mais como um feirão quando não havia um canal de compras eficiente e suficiente para os consumidores brasileiros, mas que hoje existem opções de sobra. E jura não se frustrar com a redução escancarada de visitantes.

"O público é menor, com certeza, mas também é diferente. Por isso me enchi de coragem e mudei tudo, como proibir a entrada de menores de 18 anos e só permitir visitas de escolas no final de semana. Esta diminuição é qualitativa".

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