Tecnologia

Empresa vende capas para iPad feitas com calças de Madoff

Capa tem comprovante de autenticidade e pode custar até 500 dólares; dono da empresa acredita que pessoas querem "guardar um pedaço de história"

Um dos modelos da coleção "Bernard Madoff": comprovante de autenticidade (Divulgação)

Um dos modelos da coleção "Bernard Madoff": comprovante de autenticidade (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 16h34.

Nova York - Uma empresa americana lançou nesta quarta-feira uma edição limitada de capas para iPad, confeccionadas com pedaços de calças do ex-financeiro Bernard Madoff leiloadas pelas autoridades com o objetivo de arrecadar fundos para as vítimas da fraude.

Frederick James, uma empresa com sede em Nova York especializada em capas para iPad de materiais como algodão e seda, pôs à venda na internet um total de 31 capas feitas com o tercido de várias calças que pertenceram a Madoff.

O preço das capas custa entre US$ 250 e US$ 500 e com direito a um certificado de autenticidade, segundo anuncia o site da empresa.

O fundador da companhia, John Vaccaro, explicou que a ideia desta coleção especial surgiu quando participou no ano passado de um dos leilões com os pertences do responsável da maior fraude do esquema Ponzi da história.

Vaccaro estava buscando um suéter e terminou comprando cinco que depois viraram capas para iPad que posteriormente foram compradas "por um advogado de Wall Street que aproveitou para presentear amigos e familiares no Natal".

"Há muitos colecionadores por aí que querem guardar um pedaço de história", acrescentou o proprietário de Frederick James, que adquiriu na mesma sessão16 pares de calças de marcas como Banana Republic, J. Crew e Ralph Lauren confiscados do vigarista.

Essa roupa fazia parte do lote de mais de 400 objetos pessoais de Madoff leiloados em novembro do ano passado em Nova York pelos U.S. Marshals. Todo o dinheiro arrecadado foi direcionado para um fundo para as milhares de vítimas da fraude multimilionária cometida pelo que fora presidente do mercado Nasdaq.

Madoff, que atualmente cumpre uma sentença de 150 anos de prisão em um centro penitenciário da Carolina do Norte, foi detido pelo FBI no final de 2008 após confessar que havia orquestrado uma gigantesca fraude de US$ 50 bilhões durante 20 anos.

Um dia antes de ser detido, o ex-financeiro confessou a seus filhos que o verdadeiro sucesso de sua agência de investimento, Bernard L. Madoff Investment & Securities, consistia em captar constantemente novos clientes para destinar seu dinheiro ao pagamento dos juros prometidos aos mais antigos, o clássico esquema Ponzi.

Acompanhe tudo sobre:AppleBernard MadoffEstados Unidos (EUA)grandes-investidoresiPadiPhonePaíses ricosTablets

Mais de Tecnologia

Como a greve da Amazon nos EUA pode atrasar entregas de Natal

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia