Tecnologia

Empresa chinesa quer suspensão de vendas do iPad em Xangai

A empresa Proview diz que detém a marca registrada do tablet da Apple na China

A Apple contesta a alegação, afirmando ter comprado da Proview o direito ao uso do nome iPad, em 2009 (Peter Macdiarmid / Getty Images)

A Apple contesta a alegação, afirmando ter comprado da Proview o direito ao uso do nome iPad, em 2009 (Peter Macdiarmid / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2012 às 10h00.

Xangai - Uma empresa chinesa de tecnologia está tentando obter a suspensão das venda do Apple iPad em Xangai, argumentando em uma audiência perante um tribunal municipal, na quarta-feira, que a companhia norte-americana violou sua marca registrada.

Liminares anteriores em favor da Proview Technology (Shenzhen) se aplicavam a grupos de varejo específicos em cidades menores, mas uma liminar válida para toda a cidade de Xangai, se concedida, prejudicaria um dos maiores mercados da Apple na China.

Os advogados da Proview argumentaram, em determinados momentos de modo emotivo, pela suspensão imediata das vendas do iPad no polo comercial chinês, que abriga três das cinco lojas oficiais da Apple no país.

A Proview diz que detém a marca registrada iPad na China, e um tribunal de Shenzhen decidiu em seu favor em dezembro.

A Apple contesta a alegação, afirmando ter comprado da Proview o direito ao uso do nome iPad, em 2009. A companhia recorreu do veredicto em Shenzhen, e uma audiência junto à instância superior, na província de Guangdong, ocorrerá em 29 de fevereiro.

A Apple também defendeu seu direito ao uso da marca registrada na China e disse que a Proview não tinha capacidade de produzir ou vender um aparelho sob o mesmo nome.

"A Proview não tem produto, não tem mercados, não tem clientes e não tem fornecedores. A empresa não tem coisa alguma", disse Hu Jinnan, sócio no escritório de advocacia Guangdong Shendadi, que representa a Apple no processo, ao tribunal.

"A Apple tem grandes vendas na China. Seus fãs formam filas para comprar os produtos da empresa. A proibição, caso concedida, não só prejudicaria as vendas da Apple como possivelmente o interesse nacional da China".

O tribunal popular de Pudong, em Xangai, não informou quando divulgará seu veredicto, mas Roger Xie, sócio do Grandall Legal Group, que representa a Proview, disse que era provável que isso aconteça em breve. A Apple, de qualquer modo, pode recorrer, caso saia derrotada.

Como prova do forte interesse que o caso desperta, havia cerca de 100 repórteres nas cercanias do tribunal enquanto a audiência transcorria. Alguns moradores locais aproveitaram a presença da imprensa para expressar suas queixas contra as autoridades da área, erguendo faixas de protesto diante das câmeras de TV.

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