Tecnologia

Empresa alemã traz criptografia de ligações ao Brasil

"Proteger as vozes da empresa é tão importante quanto proteger um arquivo em PowerPoint", diz diretor

Smartphones da BlackBerry: aparelhos são necessários para usar tecnologia da Secusmart (Pawel Dwulit/Bloomberg)

Smartphones da BlackBerry: aparelhos são necessários para usar tecnologia da Secusmart (Pawel Dwulit/Bloomberg)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 4 de setembro de 2015 às 19h16.

Última atualização em 5 de abril de 2017 às 09h33.

São Paulo – Uma empresa alemã que presta serviços ao governo de Angela Merkel traz ao Brasil nesta semana sua tecnologia de criptografia de chamadas telefônicas.

Com foco no setor público e em empresas cujos negócios envolvam a troca de informações sensíveis, a Secusmart busca aceitação no mercado nacional. Na Alemanha, mais de 3.500 funcionários de autoridades públicas utilizam o serviço de criptografia de 128 bits, de acordo com a própria companhia.

Segundo Hans-Christoph Quelle, diretor-executivo da Secusmart, que concedeu entrevista a EXAME.com, as empresas se preocupam com a segurança de dados, mas deixam a comunicação feita por chamadas de voz de lado.

"Proteger as vozes da empresa é tão importante quanto proteger um arquivo em PowerPoint", afirmou Quelle.

A tecnologia de criptografia da Secusmart funciona com smartphones com sistema BlackBerry 10 e um cartão que se parece com um microSD. É nesse componente que ficam a chave de criptografia e o método de autenticação, que garante a comunicação segura entre dois aparelhos.

A Secusmart, que foi comprada pela BlackBerry em 2014, prepara uma adaptação da sua solução de criptografia de chamadas telefônicas para smartphones com sistema Android.

Quelle reconhece que a tecnologia da Secusmart ainda não tem valores acessíveis para pequenas empresas, o que determina o foco da solução em companhias de médio e grande porte.

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