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Ebola pode sofrer mutação e se espalhar pelo ar, diz ONU

Vírus é transmitido por contato direto com sangue ou fluidos corporais. Mas chefe de missão para ebola diz que demora em controlar epidemia pode piorar situação


	Ebola: este já é considerado o maior surto desde que o vírus foi descoberto
 (Cynthia Goldsmith/AFP)

Ebola: este já é considerado o maior surto desde que o vírus foi descoberto (Cynthia Goldsmith/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 19h33.

São Paulo - Há uma chance de o ebola virar um pesadelo ainda maior em todo mundo.

Segundo Anthony Banbury, chefe da missão da ONU para o ebola, o vírus pode sofrer uma mutação e se espalhar pelo ar se a atual epidemia não for controlada com rapidez.

O ebola é uma doença viral aguda que causa febre hemorrágica. É causada por três das cinco espécies dentro do gênero.

O vírus Ebola Zaire é a estirpe mais mortal, e tem sido identificada como a causa do surto atual. Em epidemias anteriores, esta estirpe teve uma taxa de mortalidade de 90%.

Este já é considerado o maior surto desde que o vírus ebola foi descoberto, há quase 40 anos.

O surto foi declarado em março, na Guiné. Desde então, a doença se espalhou para a Libéria, Serra Leoa, Nigéria e, esta semana, chegou aos Estados Unidos.

Ao menos 3.330 pessoas já morreram por causa do vírus na África Ocidental.

O vírus é transmitido pelo contato direto com sangue ou fluidos corporais dos infectados, inclusive dos mortos. Mas Banbury acredita que a demora em controlar a epidemia pode piorar a situação.

Apesar de improvável, uma mutação no vírus pode fazer com que a transmissão do ebola também aconteça por vias respiratórias.

Se isso acontecer, as chances de uma epidemia global aumentam, pois é mais difícil conter um vírus que se espalha pelo ar do que por fluidos corporais.

Segundo o The Telegraph, Banbury disse que quanto mais tempo o vírus permanecer hospedado em humanos, maiores são as chances de mutação.

"É um cenário de pesadelo [que poderia se espalhar pelo ar], e improvável, mas que não pode ser descartado", disse em entrevista ao jornal.

Ainda não há um remédio específico para a doença que seja aprovado para uso em humanos. Os sintomas costumam ser tratados separadamente.

Por exemplo, o soro intravenoso pode evitar a desidratação, enquanto um antitérmico diminui a febre. Já os analgésicos podem diminuir as dores.

Aqueles que têm a doença identificada e recebem tratamento mais cedo têm mais chances de sobreviver à infecção.

Infelizmente, como os sintomas são genéricos e parecidos com de outras doenças, o diagnóstico pode demorar.

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