Xiaomi: fabricante chinesa pretende entrar no mercado de carros elétricos (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 30 de março de 2021 às 10h47.
Gigante chinesa de tecnologia e conhecida por sua imensa gama de produtos, a Xiaomi quer entrar em mais um mercado. E, desta vez, em um que está cada vez mais competitivo e que promete dominar as ruas. A companhia anunciou um investimento de 10 bilhões dólares para iniciar a fabricação de seu próprio carro elétrico.
O plano da empresa comandada por Lei Jun é lançar um automóvel com motor movido a eletricidade no mercado dentro da próxima década. E que esteja disponível no mundo inteiro. “A Xiaomi espera oferecer veículos elétricos de qualidade para que todos no mundo possam utilizá-los, em qualquer lugar”, informou a empresa em comunicado.
A produção deverá ficar por conta de uma nova subsidiária que a companhia montou – e que também será comandada por Jun – e que receberá inicialmente 10 bilhões de yuan - algo em torno de 1,5 bilhão de dólares.
Dependendo do progresso, o investimento total na área pode até mesmo ultrapassar a cifra projetada inicialmente para os próximos 10 anos. De acordo com a Bloomberg, o investimento total pode ser de 15 bilhões de yuan (22 bilhões de dólares)
Apesar da notícia parecer ruim para a Tesla – maior fabricante de carros elétricos do planeta e com valor de mercado que já ultrapassa até mesmo a soma de valor de gigantes tradicionais do mercado automotivo – a entrada da nova competidora neste mercado é especialmente preocupante para rivais asiáticas.
Nos últimos meses, empresas como a BYD, que recebeu investimentos de Warren Buffet e viu suas ações valorizarem mais de 400% somente em 2020, ganharam mercado na região. Além dela, empresas como Geely, Nio e Xpeng Motors são outras concorrentes do setor. Recentemente, a Baidu – que também cresceu com serviços de internet – também mostrou a intenção de acelerar neste segmento.
Não é por acaso. A China tem se mostrado um mercado bastante promissor para carros elétricos. Uma pesquisa da consultoria Canalys apontou que o número de veículos elétricos vendidos no país deve aumentar 51% em 2021 para 1,9 milhão de unidades comercializadas. Para efeito de comparação, foram vendidos 296 mil veículos elétricos nos Estados Unidos em 2020.