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Drones que voam por até 8 horas modernizam fazendas

Aparelhos conseguem voar com velocidade de até 150 km/h e realizam mapeamento de áreas de grande porte em um dia

Xmobots: drone da empresa pode voar por até 8 horas (Divulgação/Xmobots)

Lucas Agrela

Publicado em 12 de maio de 2016 às 15h09.

São Paulo –  Usar aviões para mapear e monitorar fazendas já é coisa do passado. Ao menos, é o que desejam as empresa que já têm serviços com drones voltados para a agricultura. Na Drone Show Latin America 2016, companhias como a SantosLab e a Xmobots apresentaram aparelhos que ajudam a tomar conta de plantações.

O destaque da feira, que acontece no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, é o Nauru 500B. O produto tem autonomia de voo de 8 horas e foi criado para o monitoramento de grandes áreas acima de 200 km².

O drone é capaz de realizar tarefas como sobrevoar fazendas de grande porte, linhas de transmissão de energia ou até mesmo fiscalizar rodovias e fronteiras. Para realizar esse serviço, o Nauru tem uma câmera de 36 MP.

O preço, entretanto, é alto. Segundo a Xmobots, o Nauru sai por valores a partir de 200 mil reais, dependendo dos itens adicionais que o comprador quiser, como, por exemplo, uma bateria extra.

Já a Santos Labs conta com os drones chamados Carcará II e Carcará III, que são voltados para o mapeamento aéreo de regiões rurais e urbanas.  O primeiro se destaca por contar com uma versão que funciona com a ajuda de energia solar, resistência à água e autonomia de voo de 2 horas; enquanto o segundo tem alta velocidade de deslocamento (150 km/h), consegue voar por até 5 horas e pode ser equipado com lasers.

Além das empresas que entraram no setor de drones com o hardware, há quem tenha apostado no segmento com software. Esse é o caso da Esri, cuja distribuidora do Brasil é a Imagem. Essa companhia conta com programas para computador que podem analisar as imagens captadas pelos drones, com o intuito de tirar dados de inteligência a partir deles.

Drone2Map: software analisa imagens feitas por drones (Divulgação/Esri/Imagem)

Os algoritmos do programa, chamado Drone2Map, identificam a altura, cor e forma dos objetos fotografados para identificar cada um deles. Com isso, é possível gerar imagens tridimensionais ou mesmo mapas de calor de uma região em um dia de trabalho.

Para os entusiastas, a Drone Show Latin America 2016 contou com a presença do drone Phantom 4, da DJI. Ele é capaz de filmar com sua câmera embutida em alta resolução, desviar de obstáculos e até mesmo seguir pessoas.

Drone2Map: software analisa imagens feitas por drones (Divulgação/DJI)

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São Paulo –  Usar aviões para mapear e monitorar fazendas já é coisa do passado. Ao menos, é o que desejam as empresa que já têm serviços com drones voltados para a agricultura. Na Drone Show Latin America 2016, companhias como a SantosLab e a Xmobots apresentaram aparelhos que ajudam a tomar conta de plantações.

O destaque da feira, que acontece no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, é o Nauru 500B. O produto tem autonomia de voo de 8 horas e foi criado para o monitoramento de grandes áreas acima de 200 km².

O drone é capaz de realizar tarefas como sobrevoar fazendas de grande porte, linhas de transmissão de energia ou até mesmo fiscalizar rodovias e fronteiras. Para realizar esse serviço, o Nauru tem uma câmera de 36 MP.

O preço, entretanto, é alto. Segundo a Xmobots, o Nauru sai por valores a partir de 200 mil reais, dependendo dos itens adicionais que o comprador quiser, como, por exemplo, uma bateria extra.

Já a Santos Labs conta com os drones chamados Carcará II e Carcará III, que são voltados para o mapeamento aéreo de regiões rurais e urbanas.  O primeiro se destaca por contar com uma versão que funciona com a ajuda de energia solar, resistência à água e autonomia de voo de 2 horas; enquanto o segundo tem alta velocidade de deslocamento (150 km/h), consegue voar por até 5 horas e pode ser equipado com lasers.

Além das empresas que entraram no setor de drones com o hardware, há quem tenha apostado no segmento com software. Esse é o caso da Esri, cuja distribuidora do Brasil é a Imagem. Essa companhia conta com programas para computador que podem analisar as imagens captadas pelos drones, com o intuito de tirar dados de inteligência a partir deles.

Drone2Map: software analisa imagens feitas por drones (Divulgação/Esri/Imagem)

Os algoritmos do programa, chamado Drone2Map, identificam a altura, cor e forma dos objetos fotografados para identificar cada um deles. Com isso, é possível gerar imagens tridimensionais ou mesmo mapas de calor de uma região em um dia de trabalho.

Para os entusiastas, a Drone Show Latin America 2016 contou com a presença do drone Phantom 4, da DJI. Ele é capaz de filmar com sua câmera embutida em alta resolução, desviar de obstáculos e até mesmo seguir pessoas.

Drone2Map: software analisa imagens feitas por drones (Divulgação/DJI)

Mas a diversão tem tempo limitado. Diferentemente dos drones comerciais, esse produto recreativo só consegue permanecer no ar por cerca de meia hora. No entanto, vale notar que os aparelhos usados em fazendas e linhas de transmissão de energia muitas vezes não utilizam somente baterias de íons de lítio para funcionar, o que prolonga a autonomia e encarece o uso.

Assim como no setor agrícola, o valor do drone doméstico não é baixo. O preço do DJI Phantom 4 é de 9 mil reais.

Regulamentação

Com a regulamentação devida do uso comercial de drones, poderemos começar a ver esses pequenos Vants realizando entregas de compras, como almejam tanto a Amazon quanto o Google.

No fim do ano passado, foi divulgada a primeira proposta de norma para regulamentar o uso de Aeronaves Remotamente Pilotadas, assim como aeromodelos pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). No entanto, mesmo com o setor de drones ansioso, a legislação ainda não avançou devido à sua complexidade.

"Há uma análise do impacto dos drones para a navegação aérea já existente. O que você priorizaria: uma aeronave de 2 kgs, que faz filmagens e não tem ninguém a bordo, ou uma de algumas toneladas com 200 vidas a bordo? A intenção é sempre promover a segurança do espaço aéreo, assim como a das pessoas e patrimônios no solo", afirmou o Capitão Leonardo Haberfeld, chefe da seção de operações militares do subdepartamento de operações do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo).

Haberfeld ressalta que até mesmo aves de pequeno porte podem causar dados a aeronaves que transportam passageiros, portanto, um drone, que tem um corpo mais rígido, é potencialmente perigoso. Ele conta que ainda não aconteceu uma colisão, mas um drone já vou visto perto de um aeroporto.

A Anac também trabalha na regulamentação dos drones no Brasil e esclarece que há diferença importante entre o drone doméstico e o comercial. "A pessoa tem um controle maior da operação do drone recreativo, normalmente, o voo é em áreas apropriadas. No uso não recreativo, estamos falando de uma pessoa vendendo para a outra. Por isso, os critérios técnicos precisam ser mais apurados para garantir que os drones operem em segurança", declarou Roberto Honorato, gerente Técnico do processo normativo da Anac.

A agência estima que uma regulamentação mais clara e apurada para os drones saia até julho deste ano.

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