Educação: Calouros da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) (Marcos Santos/USP Imangens/USP Imagens)
Filipe Serrano
Publicado em 23 de abril de 2020 às 06h58.
Última atualização em 23 de abril de 2020 às 06h58.
Com as aulas presenciais suspensas por causa da pandemia, os alunos e professores da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo recorreram ao aplicativo Zoom para continuar mantendo a programação dos cursos neste semestre.
A medida foi possível por causa de uma doação do fundo de investimentos em startups Base Partners. Os investidores que fazem parte do fundo decidiram fornecer licenças do aplicativo de videoconferências Zoom para todos os alunos e professores da faculdade de engenharia, gratuitamente. Alguns dos investidores do fundo são ex-alunos da Poli.
A Poli tem cerca de 5.500 alunos da graduação e alguns deles trabalham em empresas de tecnologia financiadas pela Base Partners. O fundo é um dos investidores do Zoom no mundo e também tem participação em outras empresas de tecnologia globais, como a empresa de meios de pagamentos eletrônicos americana Stripe, a chinesa Bytedance, dona do aplicativo TikTok, e a produtora de games brasileira Wildlife Studios.
“Escolhemos fazer a doação para a Poli porque, além de termos estagiários que estudam na faculdade, vários conselheiros nossos também são politécnicos. Isso fez a faculdade ser naturalmente a escolhida”, diz Fernando Spnola, sócio da Base Partners.
Antes da pandemia, aulas por meio de vídeoconferência eram uma raridade na Escola Politécnica, o que fez com que os professores e alunos tivessem de se adaptar. Até o dia 14 de abril, mais de 200 aulas já tinham sido realizadas, totalizando mais de 1.166 horas de conteúdo.
O fundo patrimonial Amigos da Poli – uma associação de ex-alunos da faculdade – foi responsável por intermediar a doação do fundo de investimento.