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Dilma quer PF investigando caso Wikipédia, diz ministro

A presidente Dilma Rousseff pediu que se ampliasse o processo de investigação interna, com a inclusão da Polícia Federal no caso

Wikipedia (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 12h01.

O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou nesta segunda-feira, 11, que assinou no último sábado requerimento ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. O documento pede investigação, pela Polícia Federal, do caso de mudança de perfis de jornalistas na Wikipédia a partir de computadores do Palácio do Planalto.

Ele informou que a presidente Dilma Rousseff pediu que se ampliasse o processo de investigação interna, com a inclusão da Polícia Federal no caso.

"A pessoa que praticou essa bobagem fez dois males: um para os próprios atingidos e outro para o próprio governo", avaliou em entrevista à imprensa, antes de participar de aula pública com alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). O ministro disse ainda não saber informar quem foi o autor das alterações e criticou o sistema da enciclopédia virtual. "Esse sistema é um pouco estranho, porque permite que qualquer pessoa possa alterar os perfis", afirmou.

Gilberto Carvalho declarou também que ainda não há proposta de mudança no sistema de informática do Planalto, para criar usuários individuais de acesso à internet. "O evento foi na sexta-feira. No sábado, assinei requerimento ao (ministro) Aloizio Mercadante, pedindo a investigação. Primeiro vamos tentar achar quem fez e depois fazer um balanço", afirmou, avaliando que, mesmo com a tecnologia, o governo terá dificuldade para achar o autor.

Copa do Mundo

Carvalho avaliou também que o entendimento dele de que as críticas à presidente Dilma Rousseff durante a Copa do Mundo não partiram apenas da elite branca se difundiu dentro do PT. Prova disso, segundo ele, é que o partido está muito preocupado em fazer a campanha à reeleição de Dilma com muita mobilização de movimentos sociais.

"Estou muito feliz, porque a campanha da Dilma não está só assentada na TV, está com os movimentos sociais", afirmou. Na época, a declaração de Carvalho sobre as críticas à presidente gerou um mal estar dentro do partido e foi rebatida pela própria Dilma, que disse não concordar com o ministro.

Petrobras

O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República negou haver movimento dentro da Petrobras contra a atual presidente da estatal, Maria das Graças Foster. Ele avaliou que há uma exploração eleitoral dos problemas da empresa.

"Não vejo esse clima (de crise interna). Pode ter gente menos satisfeita ou mais satisfeita. Mas a empresa continua investindo pesado, tocando o barco", afirmou. Para ele, os problemas pelos quais a Petrobras passa são "normais" de qualquer empresa.

Gilberto Carvalho também comparou o cenário atual da estatal à época do Mensalão. "Na época, o (ex-presidente) Lula chegou e disse: 'O que eles querem é que a gente pare de trabalhar". Houve aquela espuma toda e nós seguimos trabalhando. Quando a espuma baixou, o povo viu o resultado", contou.

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