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Digitalização da pandemia criou risco à segurança digital, afirma pesquisa

Foram cerca de 17 novas contas por usuário no último ano, mas em 82% senhas são reutilizadas, enfraquecendo a segurança como um todo

Usuário e senha: com a pandemia, cerca de 17 novas contas foram criadas por cada pessoa (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
TL

Thiago Lavado

Publicado em 15 de junho de 2021 às 09h11.

Última atualização em 16 de junho de 2021 às 08h59.

É inegável que a vida se digitalizou muito durante a pandemia. Das relações familiares às compras e pedidos, muito do que fazíamos pessoalmente passou para uma interação online. De acordo com uma pesquisa realizada pela divisão de segurança da IBM , isso pode, no entanto, ter aberto brechas de segurança digital .

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Encomendada pela IBM junto à Morning Consult, a pesquisa apontou que, no Brasil, em média foram criadas 17 novas contas em serviços digitais durante a pandemia e 82% das senhas são reutilizadas em várias contas. Foram ouvidas 22.000 pessoas em 22 países.

O problema dessa reutilização é que há vazamentos de senhas antigas e contas de e-mail na internet, o que pode comprometer serviços futuros caso a mesma combinação que já vazou seja reutilizada.

A pesquisa apontou ainda que 43% dos respondentes afirmam armazenar suas senhas de contas online na memória, liderando as respostas. Em seguida vem a opção de escrever em um papel, utilizada por 27%.

“As organizações devem agora considerar os efeitos dessa dependência digital em seu perfil de risco de segurança. Com as senhas se tornando cada vez menos confiáveis, uma forma como as organizações podem se adaptar, além da autenticação de múltiplos fatores, é optar por uma abordagem de 'confiança zero': aplicar inteligência artificial e analítica avançada em todo o processo para detectar ameaças potenciais, em vez de assumir que um usuário é confiável após a autenticação", afirmou Charles Henderson, diretor da IBM Security X-Force.

De acordo com a pesquisa, a tendência é que essa situação não diminua: no Brasil, 45% dos entrevistados afirmando que não planejam deletar ou desativar esses serviços. Para a IBM, isso significa uma pegada digital maior da população nos próximos anos, e maior base para ataques de cibercriminosos.

 

 

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