Google: novo sindicato global vai incluir funcionários em países como Alemanha, Suíça, Suécia e Reino Unido (Brian Snyder/Getty Images)
Reuters
Publicado em 25 de janeiro de 2021 às 13h51.
Última atualização em 25 de janeiro de 2021 às 15h26.
Funcionários do Google em todo o mundo estão formando uma aliança sindical, semanas depois que os trabalhadores da gigante de mecanismo de busca e outras unidades da controladora Alphabet formaram um sindicato para escritórios nos Estados Unidos e Canadá.
A UNI Global Union, que representa cerca de 20 milhões de trabalhadores globalmente, disse nesta segunda-feira que ajudou a formar a Alpha Global, a aliança sindical do Google que inclui vários países como Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Suécia e Reino Unido.
A Alpha Global lutará pelos direitos dos funcionários em tempo integral da Alphabet, bem como dos trabalhadores temporários, fornecedores e contratados, disse a UNI Global.
"Os problemas da Alphabet [...] não se limitam a nenhum país e devem ser enfrentados em nível global", disse a secretária geral da UNI, Christy Hoffman. A Alphabet não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.
Depois de anos de protestos contra as condições de trabalho e práticas comerciais, cerca de 200 funcionários do Google formaram o Alphabet Workers Union, um chamado "sindicato minoritário", no início de janeiro.
De acordo com a legislação trabalhista dos EUA, a Alphabet pode ignorar as exigências do sindicato até que ele consiga o apoio da maioria dos funcionários.
A formação de sindicatos não é algo comum no Vale do Silício, região americana que abriga empresas de tecnologia. Empresas como a plataforma de crowdfunding Kickstarter e a comunidade de programadores Glitch, além de subconjuntos menores de funcionários do Google, criaram seus próprios sindicatos no ano passado.
Porém, o Alphabet Workers Union é o primeiro a tentar estabelecer um sindicato para representar todos os funcionários da empresa nos Estados Unidos, que está presente em três cidades no país. Os mais de 200 colaboradores assinaram um contrato em apoio ao sindicato e se comprometeram a destinar 1% de seu salário anual ao grupo.
“Isso é histórico – o primeiro sindicato em uma grande empresa de tecnologia por e para todos os trabalhadores da área”, disse Dylan Baker, engenheiro de software do Google, em um comunicado no começo de janeiro.
(Reportagem de Subrat Patnaik, da Reuters, em Bengaluru)