Davi e Golias? A nova aposta de uma rival da Amazon para frear a gigante
Best Buy pretende criar um serviço de assinatura que é bastante parecido com o Prime, da Amazon. O problema é que ele é bem mais caro
Rodrigo Loureiro
Publicado em 9 de abril de 2021 às 07h00.
O absoluto domínio da Amazon no varejo eletrônico norte-americano está fazendo com que seus concorrentes tenham que se movimentar para buscar uma alternativa para frear o avanço do império criado por Jeff Bezos. A mais recente iniciativa neste sentido é da Best Buy . A varejista de eletrônicos norte-americana está lançando um serviço de assinatura que dará descontos, frete grátis e outros benefícios.
Em tese, a aposta se baseia em quase copiar um modelo popularizado pela rival e que ganhou o mercado. O Best Buy Beta segue os moldes do Prime, em que os consumidores assinam um serviço e são contemplados com vantagens na aquisição de produtos na Amazon.
Enquanto o novo serviço da Best Buy está sendo testado em algumas regiões americanas com preços anuais entre 179 e 199 dólares – o valor mais baixo pode ser atingido com caso o pagamento seja feito com um determinado tipo de cartão de crédito –, a assinatura concorrente sai bem mais em conta. O preço anual cobrado nos Estados Unidos é de 119 dólares.
No Brasil, o Prime é ainda mais barato: custa 9,90 reais. A Best Buy, por sua vez, não tem operações no país.
Somente o preço já mostra que a disputa não será fácil. E fica ainda mais difícil pelo fato de que a assinatura da Amazon também dá acesso a serviços e streaming como Prime Video e Amazon Music. São por essas e outras vantagens que a Amazon conta com mais de 150 milhões de assinaturas ativas, de acordo com a consultoria Statista.
Mas o fato é que a tentativa é válida. E, mais do que isso, necessária para frear o avanço da empresa fundada por Bezos, que já domina 50% do e-commerce dos Estados Unidos e agora mira esforços para ganhar terreno fora da internet.
De acordo com relatos da Bloomberg , a gigante de Seattle está planejando criar uma rede de lojas físicas apenas para o comércio de produtos eletrônicos e bens do lar. Se o plano sair do papel, a Best Buy poderá ficar numa situação crítica. Vale lembrar que, no mês passado, a empresa já havia anunciado a demissão de 5.000 funcionários e o fechamento de algumas lojas nos EUA.