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Criptografia de celular pode prejudicar FBI, diz diretor

James Comey fez nesta quinta-feira os mais fortes comentários sobre os recursos de criptografia incorporados por novos celulares de Google e Apple

James Comey: novos celulares tem "o potencial de criar um buraco negro para a aplicação da lei" (Reuters/Gary Cameron)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2014 às 14h57.

Washington - O diretor do FBI James Comey fez nesta quinta-feira os mais fortes comentários sobre os recursos de criptografia incorporados por novos celulares de Google e Apple , advertindo que podem prejudicar os esforços de aplicação da lei no combate a casos de homicídio e exploração infantil.

Falando a uma plateia no Brookings Institution, Comey disse que os novos celulares, que limitam a capacidade das empresas de acessar dados armazenados, tem "o potencial de criar um buraco negro para a aplicação da lei." Os agentes do FBI, no passado, conseguiram acessar informações armazenadas em telefones celulares com uma ordem judicial obrigando a empresa a recuperar as informações.

Comey disse agentes do FBI já se depararam com um número crescente de casos com evidências armazenadas em telefones ou laptops que não puderam decifrar.

"Se isso se tornar normal, acho que investigações de casos de homicídio podem parar, suspeitos permanecerem livres, a exploração infantil não ser descoberta e investigada", disse.

Comey também instou o Congresso a atualizar a legislação sobre capacidade de aplicação da lei para interceptar comunicações, que foi promulgada há duas décadas e não aborda algumas tecnologias mais recentes.

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Comey disse agentes do FBI já se depararam com um número crescente de casos com evidências armazenadas em telefones ou laptops que não puderam decifrar.

"Se isso se tornar normal, acho que investigações de casos de homicídio podem parar, suspeitos permanecerem livres, a exploração infantil não ser descoberta e investigada", disse.

Comey também instou o Congresso a atualizar a legislação sobre capacidade de aplicação da lei para interceptar comunicações, que foi promulgada há duas décadas e não aborda algumas tecnologias mais recentes.

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