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Criador da Silk Road diz que era apenas um 'bode expiatório'

Defesa de Ross Ulbricht admite que ele é o criador do site, mas nega que ele administrava o mercado virtual de drogas

Ross Ulbricht (Reprodução)

Ross Ulbricht (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 06h42.

Ross Ulbricht, acusado de administrar o mercado virtual de drogas Silk Road, admitiu ter criado o site, mas afirmou ser apenas um "bode expiatório" dos verdadeiros donos da página.

Lançada em 2011, a Silk Road era um mercado virtual que permitia aos usuários comprar drogas e outros produtos ilegais com bitcoins. Era possível acessar o site apenas pela rede Tor, que protege o anonimato dos compradores.

Antes de ser fechada e Ulbricht ser preso, em outubro de 2013, a Silk Road era conhecida como o maior mercado de drogas da internet.

O julgamento de Ulbricht começou na terça-feira (13). Ele é acusado de invasão de computadores, tráfico de drogas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Joshua Dratel, advogado de Ulbricht, admitiu pela primeira vez que seu cliente criou a Silk Road. Mas  o site era apenas como um "experimento econômico", que o jovem teria abandonado poucos meses depois devido ao stress, repassando-o para outra pessoa.

Depois da troca de comando, o novo administrador da Silk Road teria começado a usar o codinome "Dread Pirate Roberts". Dratel alega que Ulbricht nunca usou esse pseudônimo.

"Ross não é um traficante. Ross não é um chefe de quadrilha. Ross não está envolvido em uma conspiração", afirmou o advogado de defesa.

Segundo Dratel, "Ross era o perfeito 'bode expiatório'".

Os promotores de acusação alegam que Ulbricht era "como qualquer outro traficante".

Ross Ulbricht foi preso em uma biblioteca de São Francisco, supostamente com a página da Silk Road aberta em seu computador, enquanto conversava com um policial infiltrado na rede.

A defesa afirma que Ulbricht foi induzido a ser capturado pela polícia, ao invés dos reais donos do site.

O julgamento deve durar entre quatro e seis semanas.

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