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Consciência pode continuar após cérebro "morrer", diz estudo

Cerca de 40% dos pesquisados descreveram sensação de consciência antes de terem sido ressuscitados, período em que foram declarados clinicamente mortos

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Luz: pacientes descreveram visões de uma forte luz durante o período em que foram declarados clinicamente mortos (Jon Hopkins/Divulgação)

Luz: pacientes descreveram visões de uma forte luz durante o período em que foram declarados clinicamente mortos (Jon Hopkins/Divulgação)

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Marcus Vinícius Brasil

Publicado em 8 de outubro de 2014 às, 10h52.

São Paulo - Um estudo realizado com 2 060 vítimas de ataques cardíacos revelou que a consciência de uma pessoa pode continuar mesmo depois de o seu cérebro "morrer".

A pesquisa foi conduzida pela Universidade de Southampton, e é a maior já realizada sobre as chamadas "experiências de quase morte". Os resultados revelam um pouco mais sobre o que acontece quando morremos.

Entre os pacientes que sobreviveram ao ataque, cerca de 40% descreveram a sensação de consciência antes de terem sido ressuscitados pelos médicos, período em que foram declarados clinicamente mortos. Alguns dizem ter ouvido o barulho de máquinas utilizadas nos procedimentos, e a conversa dos médicos.

"Não há um momento da morte; ela começa quando seu coração para, e continua por um tempo", diz o Dr. Sam Parnia, que liderou o estudo, ao Daily Telegraph. "Nós sabemos que o cérebro não pode funcionar quando o coração para de bater. Mas nesse caso, a consciência parece ter continuado por até três minutos enquanto o coração não batia, apesar de o cérebro tipicamente desligar após um período de 20 a 30 segundos depois de o coração parar", diz Parnia, referindo-se à experiência de um homem de 57 anos.

Entre os 2 060 casos examinados, 330 pacientes sobreviveram, entre os quais 140 descreveram consciência durante o processo de ressuscitação. Um entre cinco disse ter sentido uma sensação de paz, enquanto outros disseram ter sentido como se estivessem se afogando. Houve também relatos de luzes brilhantes e de mudanças na percepção do tempo.

Parania lembra, porém, que mais pesquisa é necessária. "Estimativas sugerem que milhões de pessoas tiveram experiências vívidas em relação a morte, mas a evidência científica disso sempre foi ambígua, na melhor das hipóteses. Muitas pessoas assumem que essas experiências são ilusões, mas elas parecem corresponder ao que de fato aconteceu."

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