Trabalho escravo: estima-se que cerca de 18,7 milhões de pessoas ao redor do mundo estejam presas em trabalhos forçados na economia privada (Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 16h07.
Nova York - Uma ferramenta de celular para pesquisar condições de trabalho de pescadores ganeses e um sistema móvel para coletar dados sobre trabalho forçado estão dentre os finalistas em uma competição global para aproveitar a tecnologia para identificar trabalhadores escravizados em cadeias de abastecimento, disseram os organizadores nesta segunda-feira.
O concurso Repense Cadeias de Abastecimento (Rethink Supply Chains, em inglês), visa enviar uma mensagem de que os esforços para manter as cadeias de abastecimento transparentes e livres de trabalho escravo criam oportunidades de mercado, disse Catherine Chen, diretora de investimentos da Humanity United, uma participante não lucrativa no projeto.
Estima-se que cerca de 18,7 milhões de pessoas ao redor do mundo estejam presas em trabalhos forçados na economia privada, gerando 150 bilhões de dólares em lucros anuais, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Cinco finalistas foram selecionados, dentre dezenas de candidatos, incluindo companhias de software, empresas de consultoria e regulamentação e cumprimento de regras e desenvolvedores de aplicativos móveis, de 11 nações.
"É animador ser capaz de ativar essas empresas de tecnologia e os tecnólogos em si e fazê-los pensar sobre outro problema social", disse Chen.
O vencedor do prêmio de 250 mil dólares oferecido pela Partnership for Freedom, uma venture incluindo a Humanity United e o governo norte-americano, será anunciado em abril.