Tecnologia

Computadores velhos gerarão emprego e renda na Rocinha

No projeto, três computadores velhos viram um equipamento novo

Para a artesã e moradora da Rocinha Rosineldi Félix, 44 anos, ações como essas são importantes para dar oportunidades de trabalho aos jovens (RICARDO LEONI)

Para a artesã e moradora da Rocinha Rosineldi Félix, 44 anos, ações como essas são importantes para dar oportunidades de trabalho aos jovens (RICARDO LEONI)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2012 às 17h20.

Rio de Janeiro - Moradores da favela da Rocinha, na zona oeste do Rio de Janeiro, vão aprender a transformar lixo eletrônico em computadores novos. O projeto Fábrica Verde, inaugurado hoje (17) pela Secretaria Estadual do Ambiente, tem o objetivo de gerar emprego e renda para os jovens das comunidades já pacificadas pelas forças de segurança. A primeira unidade, implantada em agosto do ano passado no conjunto de favelas do Morro do Alemão, na zona norte da cidade, beneficia cerca de 700 estudantes.

No projeto, três computadores velhos viram um equipamento novo. Após a reciclagem, os computadores são instalados em telecentros públicos e lan houses. Os jovens que fizerem o curso de montagem e manutenção de computadores vão receber uma bolsa de estudos mensal de R$ 600 e os 12 melhores alunos passarão a trabalhar como monitores nos telecentros comunitários.

A coordenadora do projeto, Ingrid Gerolimich, explicou que 360 alunos do projeto no Complexo do Alemão já foram capacitados e, agora, passarão a trabalhar como monitores na Rocinha. "O projeto foi feito para aliar a questão da geração de emprego e renda, um dos grandes problemas das comunidades [favelas], com a consciência socioambiental".

Para a artesã e moradora da Rocinha Rosineldi Félix, 44 anos, ações como essas são importantes para dar oportunidades de trabalho aos jovens que, por décadas, conviveram com a violência das quadrilhas do tráfico de drogas. E elogiou a reaproximação do Poder Público com comunidades que estavam apartadas do resto da cidade. "Eles [o governo] estão tentando chegar mais, não com polícia, mas com obras sociais, que a comunidade deseja mais do que policiais".

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