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Computador socialista é parte do legado de Hugo Chávez

Entre as iniciativas de Hugo Chávez na Venezuela está o computador bolivariano, um PC de baixo custo que roda software livre

O tablet "bolivariano" VIT T1100: processador de netbook e sistema operacional Linux (Divulgação)

Maurício Grego

Publicado em 6 de março de 2013 às 11h38.

São Paulo — Nem a tecnologia escapou da direção ideológica do governo de Hugo Chávez na Venezuela. Uma de suas criações é o “computador bolivariano”, uma linha de PCs de baixo custo que rodam software livre. Chávez, que governou o país durante 14 anos, morreu nesta terça-feira em Caracas.

Os computadores bolivarianos são produzidos pela VIT, empresa criada em 2005 com controle estatal e um sócio chinês, a Inspur. Em seu site na web, a VIT se apresenta como “empresa socialista de fabricação e serviços”, deixando claro seu objetivo ideológico. A empresa afirma que fabricou 240 mil unidades em 2012.

O site da VIT descreve uma linha de produtos que inclui PCs de mesa e notebooks, geralmente com configuração modesta. Esses computadores saem da fábrica com o sistema operacional Canaima, variante local do Linux Debian. O software gratuito, o hardware enxuto e o fato de a fábrica ficar numa zona franca deveriam resultar em produtos extremamente baratos, capazes de promover a inclusão digital.

Mas os preços não são tão baixos assim. O modelo mais barato é um netbook que custa o equivalente a 700 reais. Tem tela de 10 polegadas e apenas 1 gigabyte de memória. O mais caro é um PC do tipo tudo-em-um, com tela de 23 polegadas e preço equivalente a 2 mil reais.

A VIT também vende tablets . Eles têm processador Intel Atom, chip típico de netbooks. Vêm com o sistema Linux Debian, uma escolha incomum para um tablet, mas também podem rodar o Windows 7. A tela é de 11,6 polegadas. Resumindo, são dispositivos que lembram os tablets de quatro anos atrás, anteriores ao iPad.

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Os computadores bolivarianos são produzidos pela VIT, empresa criada em 2005 com controle estatal e um sócio chinês, a Inspur. Em seu site na web, a VIT se apresenta como “empresa socialista de fabricação e serviços”, deixando claro seu objetivo ideológico. A empresa afirma que fabricou 240 mil unidades em 2012.

O site da VIT descreve uma linha de produtos que inclui PCs de mesa e notebooks, geralmente com configuração modesta. Esses computadores saem da fábrica com o sistema operacional Canaima, variante local do Linux Debian. O software gratuito, o hardware enxuto e o fato de a fábrica ficar numa zona franca deveriam resultar em produtos extremamente baratos, capazes de promover a inclusão digital.

Mas os preços não são tão baixos assim. O modelo mais barato é um netbook que custa o equivalente a 700 reais. Tem tela de 10 polegadas e apenas 1 gigabyte de memória. O mais caro é um PC do tipo tudo-em-um, com tela de 23 polegadas e preço equivalente a 2 mil reais.

A VIT também vende tablets . Eles têm processador Intel Atom, chip típico de netbooks. Vêm com o sistema Linux Debian, uma escolha incomum para um tablet, mas também podem rodar o Windows 7. A tela é de 11,6 polegadas. Resumindo, são dispositivos que lembram os tablets de quatro anos atrás, anteriores ao iPad.

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