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Como não ser hackeado nas redes sociais?

Confira dicas dadas por especialistas em segurança consultados por INFO


	A indústria do crime virtual faturou em 2012 cerca de 220 bilhões de reais em todo o mundo
 (Armin Hanisch)

A indústria do crime virtual faturou em 2012 cerca de 220 bilhões de reais em todo o mundo (Armin Hanisch)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2013 às 16h17.

São Paulo - Os cibercriminosos estão cada vez mais satisfeitos com os descuidos dos usuários e com as brechas de segurança de sites e redes sociais. A indústria do crime virtual faturou em 2012 cerca de R$ 220 bilhões em todo o mundo. Apenas no Brasil, os prejuízos chegaram a R$ 15 bilhões, de acordo com o Estudo Norton 2012.

O aumento dos ataques nas redes sociais e dispositivos móveis são os principais responsáveis pelo resultado. “As campanhas de phishing [fraude eletrônica] mais bem sucedidas dependem da confiança. Os usuários acreditam nos links comprometidos recomendados por seus amigos no Facebook”, afirmou Bianca Dima, especialista em segurança da Bitdefender.

“Na maioria das vezes, os amigos não sabem que estão compartilhando uma ameaça. A preocupação do cracker é não ser identificado”, disse o engenheiro eletrônico Ascold Szymanskyj, vice-presidente de operações da F-Secure para América Latina.

Para não cair em armadilhas e entender melhor sobre essas ameaças, confira dicas dadas por especialistas em segurança consultados por INFO.

Encurtadores de links - Sites que deixam os links mais curtos são ferramentas atraentes para os golpistas nas mídias sociais. No topo da lista, com mais URLs maliciosas, está o “bit.ly”. Em muitos dos golpes, o usuário fornece o número do celular e “se inscreve” automaticamente em serviços de SMS premium que irão cobrar taxas caras, segundo Bianca, da Bitdefender.

Como identificar um link malicioso? - Eles são sofisticados e bem desenvolvidos, de difícil percepção visual. Mas há algumas indicações de que o site pode ser estranho. Se for “.net” ou “.exe”, desconfie. A recomendação é instalar um anti-vírus que detecte esses links maliciosos.

Cuidado com aplicativos - Alguns são fachada para malwares, principalmente jogos - alguns até pagos. Muitas vezes você instala efetivamente um jogo, mas que na verdade serviu de porta para um cavalo de troia, um programa malicioso que facilita a invasão ao seu computador. Conheça a procedência do aplicativo antes de instalar.

Desconfie sempre - Um método para descobrir quem viu o seu perfil no Facebook ou ver quem te deletou? Instale e caia em um golpe. Outros ameaças frequentes envolvem nomes de celebridades como Rihanna, Taylor Swift, Kim Kardashian, Megan Fox e Justin Bieber.


Senha forte - Uma senha forte não é a data do seu aniversário, nem palavras óbvias como “Jesus”, “senha1” ou sequências como “123456”. Incrivelmente, essas senhas estão no TOP 2012 de mais usadas pelos usuários, segundo a Bitdefender. Invente algo que ninguém possa imaginar para promover um ataque. Ignore a gramática, não use palavras fáceis. E evite usar o mesmo nome de usuário ou combinação de senha em vários sites. Se for permitido, use senhas de dez caracteres ou mais, misturando letras, números, símbolos, maiúsculas e minúsculas. Não esqueça de desativar, no seu navegador, o lembrete de senhas.

Senha roubada - Se a sua senha já tiver sido roubada, troque-a imediatamente. Além de trocá-la no site invadido, também a substitua nos demais serviços onde essa mesma senha é usada. “Reveja as configurações do seu perfil para verificar se o invasor não fez alterações que permitam a ele acessar novamente a conta, como respostas a perguntas de segurança, e-mail ou número de celular cadastrado para recuperação de senha”, disse Miriam von Zuben, analista de Segurança do CERT.br (Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil).

A busca social do Facebook - A nova ferramenta da rede social, disponível a apenas alguns usuários no mundo, permite um maior nível de cruzamento de informações. “Ela facilita, por exemplo, a aplicação de golpes direcionados a um grupo de pessoas. O usuário deve ficar atento e redefinir as configurações de privacidade para que ações como “curtir” não apareçam publicamente em resultados de busca”, disse Miriam, do CERT.br. Outra dica é determinar o que é ou não pesquisável no Facebook pelo link http://www.facebook.com/me/favorites.

Chega de tanta informação - Compartilhar muitos dados pessoais é um prato cheio para os cibercriminosos. “Qualquer tipo de informação postada, sejam textos, fotos ou vídeos, dificilmente pode ser completamente retirada. "Mesmo que se apague, uma informação nunca é totalmente excluída”, afirmou Miriam. Também é recomendável restringir o acesso ao endereço de e-mail nas redes sociais e não divulgar planos de viagem ou publicar fotos em que outras pessoas apareçam sem prévia autorização.

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