Como a Pixar criou os complexos cenários de Carros 2
Carros 2 traz os cenários mais complexos entre as produções já realizadas pela Pixar. Foi preciso recriar cidades como Paris e Tóquio quarteirão por quarteirão
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2012 às 15h04.
São Francisco -- Imagine uma animação em que a ação é ambientada numa cidade, como em Ratatouille, de 2007. O desenho mostra dezenas de prédios de Paris, que foram criados separadamente e depois unidos para dar a sensação de uma cidade. A reconstrução digital da capital francesa ficou a cargo do carioca Ivo Kos, diretor técnico do departamento de cenários da Pixar Animation Studios. Mas, quando Kos recebeu os primeiros storyboards de Carros 2, longa de animação que chega aos cinemas brasileiros em 24 de junho, logo percebeu que precisava de uma força da tecnologia.
A primeira versão do desenho foi ambientada em pacatas cidades fictícias do deserto americano. Mas a continuação traz perseguições automobilísticas, como a Corrida dos Campeões, nas ruas de Paris, Londres, Tóquio e Porto Corsa, na Itália. As cidades foram criadas com o software CityEngine (da empresa Procedural, recentemente adquirida pela ESRI).
Lançado para planejar e construir ambientes urbanos em 3D, o programa já fora empregado em videogames. Em Carros 2, o software ajudou os animadores da Pixar a desenhar as cidades por meio da definição de parâmetros, como tipos de prédios e extensão das ruas. “Imagine construir digitalmente, prédio por prédio, uma cidade grande como Londres?’’, disse Ivo Kos à INFO.
Antes de Carros 2, continuação do desenho que arrecadou 462 milhões de dólares em 2006, Kos participou de sucessos como Ratatouille, ToyStory, Monstros e Procurando Nemo. Em Carros 2, o protagonista, Relâmpago McQueen (com voz do ator Owen Wilson), e seu companheiro Mater cruzam as cidades e seus monumentos históricos.
“O fato de os carros estarem em alta velocidade em corridas de rua significa que tivemos de cobrir grandes distâncias, precisando de muito tecido urbano para construir um cenário convincente para metrópoles conhecidas’’, afirma o indiano Apurva Shah, supervisor e diretor técnico da Pixar.
O CityEngine permite a projeção virtual de cidades a partir de mapas reais ou criados pelo usuário. Com base neles, a equipe da Pixar construiu os prédios de cada quarteirão. O software faz a modelagem de qualquer layout urbano. “O uso do programa é mais simples na reprodução de cidades como Nova York, com uma rede de linhas paralelas e perpendiculares”, diz Koz. A intenção dos criadores da animação é que a plateia reconheça os lugares imediatamente.
Em termos de cenários, Carros 2 é a maior produção já realizada pela Pixar. “Por causa das viagens do protagonista, trabalhamos numa escala gigantesca, atingindo um nível de complexidade e detalhes nunca vistos”, diz John Lasseter, chefe do escritório de criação da Pixar e diretor de Carros 2. Mas atingir o topo em tecnologia não é a principal meta da Pixar. “Só buscamos novas tecnologias quando há necessidade”, diz Lasseter.“Para nós, a arte de contar uma história estará sempre em primeiro lugar.”
São Francisco -- Imagine uma animação em que a ação é ambientada numa cidade, como em Ratatouille, de 2007. O desenho mostra dezenas de prédios de Paris, que foram criados separadamente e depois unidos para dar a sensação de uma cidade. A reconstrução digital da capital francesa ficou a cargo do carioca Ivo Kos, diretor técnico do departamento de cenários da Pixar Animation Studios. Mas, quando Kos recebeu os primeiros storyboards de Carros 2, longa de animação que chega aos cinemas brasileiros em 24 de junho, logo percebeu que precisava de uma força da tecnologia.
A primeira versão do desenho foi ambientada em pacatas cidades fictícias do deserto americano. Mas a continuação traz perseguições automobilísticas, como a Corrida dos Campeões, nas ruas de Paris, Londres, Tóquio e Porto Corsa, na Itália. As cidades foram criadas com o software CityEngine (da empresa Procedural, recentemente adquirida pela ESRI).
Lançado para planejar e construir ambientes urbanos em 3D, o programa já fora empregado em videogames. Em Carros 2, o software ajudou os animadores da Pixar a desenhar as cidades por meio da definição de parâmetros, como tipos de prédios e extensão das ruas. “Imagine construir digitalmente, prédio por prédio, uma cidade grande como Londres?’’, disse Ivo Kos à INFO.
Antes de Carros 2, continuação do desenho que arrecadou 462 milhões de dólares em 2006, Kos participou de sucessos como Ratatouille, ToyStory, Monstros e Procurando Nemo. Em Carros 2, o protagonista, Relâmpago McQueen (com voz do ator Owen Wilson), e seu companheiro Mater cruzam as cidades e seus monumentos históricos.
“O fato de os carros estarem em alta velocidade em corridas de rua significa que tivemos de cobrir grandes distâncias, precisando de muito tecido urbano para construir um cenário convincente para metrópoles conhecidas’’, afirma o indiano Apurva Shah, supervisor e diretor técnico da Pixar.
O CityEngine permite a projeção virtual de cidades a partir de mapas reais ou criados pelo usuário. Com base neles, a equipe da Pixar construiu os prédios de cada quarteirão. O software faz a modelagem de qualquer layout urbano. “O uso do programa é mais simples na reprodução de cidades como Nova York, com uma rede de linhas paralelas e perpendiculares”, diz Koz. A intenção dos criadores da animação é que a plateia reconheça os lugares imediatamente.
Em termos de cenários, Carros 2 é a maior produção já realizada pela Pixar. “Por causa das viagens do protagonista, trabalhamos numa escala gigantesca, atingindo um nível de complexidade e detalhes nunca vistos”, diz John Lasseter, chefe do escritório de criação da Pixar e diretor de Carros 2. Mas atingir o topo em tecnologia não é a principal meta da Pixar. “Só buscamos novas tecnologias quando há necessidade”, diz Lasseter.“Para nós, a arte de contar uma história estará sempre em primeiro lugar.”