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Como a Meta supostamente contornou medida da Apple que a fez perder US$ 10 bilhões com publicidade

Sem poder rastrear os usuários de iPhone, a empresa de Mark Zuckerberg fez uma 'gambiarra' para obter informações dos aparelhos, diz pesquisador

Mark Zuckerberg, CEO da Meta: gambiarra no Facebook e Instagram para coletar dados dos usuários (KENZO TRIBOUILLARD/Getty Images)
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André Lopes

Publicado em 23 de setembro de 2022 às 16h22.

Última atualização em 27 de setembro de 2022 às 16h43.

Em 2021, a Apple instituiu que todos os aplicativos de terceiros obtenham o consentimento dos usuários antes de rastrear suas atividades. É obvio que a partir dali muita gente optou por não ser rastreado. Para a Meta, a decisão caiu como uma bomba já que, sem analisar com precisão o uso de suas redes e acirrando a competição com o TikTok, perdeu US$ 10 bilhões de dólares no primeiro trimestre.

Mas a empresa não quis amargar o prejuízo por muito mais tempo. Segundo uma descoberta feita pelo pesquisador de cibersegurança Felix Krause, ex-funcionário do Google, a Meta deu um jeito de burlar a restrição da Apple com um código no Facebook e Instagram que injeta um rastreador nas páginas carregadas dentro dele. Com isso, a empresa consegue monitorar tudo que os usuários fazem nestes sites, incluindo o texto que digitam durante a navegação.

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Ainda que a Meta negue que se valeu da gambiarra, três usuários não ficaram contentes com a possibilidade e entraram com duas ações coletivas contra a Meta na justiça americana.

Eles acusam a empresa de driblar as opções de privacidade do sistema móvel, e interceptar, monitorar e gravar atividade em sites de terceiros.

Isso daria a ela, segundo a acusação, informações identificáveis, detalhes privados de saúde, textos digitados e outros dados confidenciais e sensíveis.

A Meta declarou que as acusações não têm mérito e que a empresa se defenderá com vigor. A companhia, como sempre, afirma respeitar as escolhas de privacidade dos usuários.

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