Como a covid-19 roubou a cena até na maior feira de tecnologia do planeta
Empresas apresentam produtos para proteger contra a infecção do vírus e também para a higienização correta do ambiente de trabalho
Rodrigo Loureiro
Publicado em 16 de janeiro de 2021 às 16h08.
Ocorrida anualmente em Las Vegas, nos Estados Unidos, a Consumer Electronic Show atrai milhares de visitantes de dezenas de país. É na capital dos jogos de azar que são exibidos os conceitos e as novidades que devem ditar os rumos da tecnologia nos anos que se seguirão. Na edição deste ano, porém, tudo mudou. Além da exibição feita em formato virtual pelas fabricantes, o foco não foi o futuro, mas o passado e o presente.
Gigantes da tecnologia e startups que ainda tentam impressionar investidores para garantir seus primeiros milhares de dólares para crescer pareciam coordenadas para intensificar esforços na apresentação de produtos e serviços voltados para o cotidiano atual, com o mundo em quarentena e sem uma perspectiva clara de quando a pandemia irá acabar.
As máscaras inteligentes estavam presentes na CES como pães em padarias. Marcas como a Razer, que investe em equipamentos para o setor de jogos eletrônicos, tentam surfar na onda dos artigos de higiene pessoal. A companhia apresentou uma máscara chamada de Project Hazel. O acessório conta com um microfone e um amplificador, para resolver o problema de conversações abafadas e um dispositivo de luz ultravioleta que pode eliminar bactérias após o uso.
Robôs e dispositivos para auxiliar a limpeza e a desinfecção de objetos e ambientes também estavam presentes na edição deste ano da CES. A sul-coreana LG, por exemplo, apresentou o Cloi UV-c, um robô que funciona como uma torre de luz ultravioleta com uma base em formato de mop, para limpar o piso ao mesmo tempo que em higieniza camas, cadeiras e outros objetos com a luz. A previsão é de que o produto chegue ao mercado ainda em 2021.
A Targus, por sua vez, apresentou uma case para notebook que é capaz de higienizar o aparelho com uma luz ultravioleta. Aliás, não apenas o computador, mas toda a estação de trabalho em que o dispositivo está apoiado. O produto, ainda sem preço divulgado, chega ao mercado em março deste ano.