Com ofertas infladas, Black Friday irrita consumidores
Empresas do varejo eletrônico são acusadas de maquiagem nos preços dos produtos ofertados nesta edição da Black Friday Brasil e devem prestar esclarecimentos ao Procon
Gabriela Ruic
Publicado em 23 de novembro de 2012 às 17h05.
São Paulo – A terceira edição da Black Friday brasileira ficará marcada por um vexame: dias antes do início das ofertas, muitas empresas aumentaram os valores de seus produtos para então reduzi-los a preços similares aos originais. Segundo o site Busca Descontos, organizador do evento no país, desde o início das vendas, 500 ofertas já foram bloqueadas pela equipe por serem consideradas falsas.
“É lamentável que algumas lojas ainda insistam em fazer maquiagem de preço. Contamos com a ajuda dos consumidores nesse momento para que denunciem as ofertas falsas”, disse Pedro Eugênio, CEO do site. Portanto, aqueles que desconfiarem de descontos oferecidos, podem reportar a irregularidade no próprio Busca Descontos.
O Procon-SP, órgão de defesa do consumidor, também se manifestou sobre os indícios de maquiagem nos supostos descontos oferecidos nesta Black Friday. Segundo comunicado da entidade, Extra (loja virtual e física), Ponto Frio, Submarino, Americanas.com, Walmart, Saraiva e Fast-Shop foram notificadas. As empresas devem prestar esclarecimentos sobre as denúncias recebidas pelo órgão até a próxima sexta-feira.
Alguns leitores relataram a EXAME.com o fato e, ao acessar gráficos de comparação de preços no site JáCotei, fica clara a discrepância entre os preços anunciados ao longo do ano para determinados produtos e os valores com o qual são oferecidos nesta sexta.
Um exemplo é a Smart TV da Samsung, modelo 40EH5300. Segundo o histórico de preços oferecidos pelo site, o valor do aparelho esteve estável de agosto até o dia 9 de novembro. A partir desta data, o preço do televisor saltou de 1.424 para 2.199 reais. Nesta sexta-feira, Black Friday, o mesmo está à venda por, em média, 1.999 reais.
A insatisfação dos consumidores brasileiros é perceptível principalmente nas redes sociais. No Twitter, por exemplo, a mensagem da vez é “Black Friday no Brasil - tudo pela metade do dobro”. Portanto, a melhor estratégia antes de adicionar o produto ao carrinho de compras é pesquisar o seu preço em várias lojas e, se possível, tentar descobrir por quanto ele estava à venda dias antes do evento.
Lentidão
Mas a reclamação dos brasileiros vai além dos descontos quase imperceptíveis e chega aos servidores das principais marcas do e-commerce nacional. O Submarino, por exemplo, passou a tarde desta sexta-feira nos Trending Topics do Twitter. Dezenas de consumidores relataram que simplesmente não conseguiram efetuar compras por conta da lentidão em seus servidores.
*Matéria atualizada no dia 23/11, 18h00: Em nota, Americanas.com e Submarino informaram que vão apresentar ao Procon os esclarecimentos solicitados. Segundo as empresas, os descontos oferecidos nesta Black Friday foram negociados especialmente para o evento.
São Paulo – A terceira edição da Black Friday brasileira ficará marcada por um vexame: dias antes do início das ofertas, muitas empresas aumentaram os valores de seus produtos para então reduzi-los a preços similares aos originais. Segundo o site Busca Descontos, organizador do evento no país, desde o início das vendas, 500 ofertas já foram bloqueadas pela equipe por serem consideradas falsas.
“É lamentável que algumas lojas ainda insistam em fazer maquiagem de preço. Contamos com a ajuda dos consumidores nesse momento para que denunciem as ofertas falsas”, disse Pedro Eugênio, CEO do site. Portanto, aqueles que desconfiarem de descontos oferecidos, podem reportar a irregularidade no próprio Busca Descontos.
O Procon-SP, órgão de defesa do consumidor, também se manifestou sobre os indícios de maquiagem nos supostos descontos oferecidos nesta Black Friday. Segundo comunicado da entidade, Extra (loja virtual e física), Ponto Frio, Submarino, Americanas.com, Walmart, Saraiva e Fast-Shop foram notificadas. As empresas devem prestar esclarecimentos sobre as denúncias recebidas pelo órgão até a próxima sexta-feira.
Alguns leitores relataram a EXAME.com o fato e, ao acessar gráficos de comparação de preços no site JáCotei, fica clara a discrepância entre os preços anunciados ao longo do ano para determinados produtos e os valores com o qual são oferecidos nesta sexta.
Um exemplo é a Smart TV da Samsung, modelo 40EH5300. Segundo o histórico de preços oferecidos pelo site, o valor do aparelho esteve estável de agosto até o dia 9 de novembro. A partir desta data, o preço do televisor saltou de 1.424 para 2.199 reais. Nesta sexta-feira, Black Friday, o mesmo está à venda por, em média, 1.999 reais.
A insatisfação dos consumidores brasileiros é perceptível principalmente nas redes sociais. No Twitter, por exemplo, a mensagem da vez é “Black Friday no Brasil - tudo pela metade do dobro”. Portanto, a melhor estratégia antes de adicionar o produto ao carrinho de compras é pesquisar o seu preço em várias lojas e, se possível, tentar descobrir por quanto ele estava à venda dias antes do evento.
Lentidão
Mas a reclamação dos brasileiros vai além dos descontos quase imperceptíveis e chega aos servidores das principais marcas do e-commerce nacional. O Submarino, por exemplo, passou a tarde desta sexta-feira nos Trending Topics do Twitter. Dezenas de consumidores relataram que simplesmente não conseguiram efetuar compras por conta da lentidão em seus servidores.
*Matéria atualizada no dia 23/11, 18h00: Em nota, Americanas.com e Submarino informaram que vão apresentar ao Procon os esclarecimentos solicitados. Segundo as empresas, os descontos oferecidos nesta Black Friday foram negociados especialmente para o evento.