O acordo ajuda a SAP a acompanhar as rivais na computação em nuvem, um campo em rápido crescimento no qual dados e processos são hospedados de forma remota na Web (Sean Gallup/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 13h10.
Frankfurt - A aquisição da SuccessFactors pela SAP por 3,4 bilhões de dólares ajudará a companhia alemã a acompanhar as rivais na corrida frenética pelos negócios de computação em nuvem, mesmo que o preço pago tenha sido alto demais à primeira vista, disseram analistas.
"Acreditamos que a SuccessFactors possa ser um bom complemento estratégico para a SAP no setor de computação em nuvem, e preferimos a decisão de crescer externamente nessa área que está em expansão", disse Oliver Finger, analista do DZ Bank.
A SAP anunciou no sábado a compra da SuccessFactors, uma companhia norte-americana de serviços via Web, ao preço de 40 dólares por ação, ágio de 52 por cento.
O acordo ajuda a SAP a acompanhar as rivais na computação em nuvem, um campo em rápido crescimento no qual dados e processos são hospedados de forma remota na Web. Como parte da transação, Lars Dalgaard, fundador e presidente-executivo da SuccessFactors, se tornará diretor da SAP e comandará suas operações de computação em nuvem.
"Isso marca o reconhecimento implícito pela SAP de que sua estratégia para a computação em nuvem não estava funcionando," disse Roger Phillips, analista da Evolution Securities.
As ações da SAP registravam queda de 2,07 por cento no começo da tarde, enquanto o índice alemão DAX registrava alta de 0,9 por cento.
Os analistas haviam alertado que a SAP estava em risco de perder terreno para a Oracle no campo da computação em nuvem. Mas não existiam muitos ativos dessa área abertos a aquisição.
A Salesforce.com é vista como grande demais para adquirir, a rival Oracle tomou o controle da RightNow Technologies em outubro e a NetSuite tem participação acionária majoritária de Larry Ellison, o presidente-executivo da Oracle.
"Na verdade, não se sabe quem estaria atrás da SuccessFactors na fila. Por esse motivo, a despeito do preço aparentemente exagerado, não seria possível excluir o risco de uma oferta concorrente pela companhia", disse Jonathan Crozier, analista do WestLB.