São Paulo - Há hoje no Brasil 18 milhões de tablets em funcionamento, segundo a FGV. Entre outras tarefas, os gadgets vêm sendo usados para a leitura de e-books . E as editoras brasileiras andam de olho nisso.
EXAME.com conversou sobre o assunto com Susanna Florissi. Na entrevista , a diretora da Câmara Brasileira do Livro falou sobre o cenário atual e as perspectivas do setor - que, pela quinta vez, será tema de um congresso do órgão, marcado para agosto.
Como sintoma da ligação cada vez maior entre os mundos da leitura e da tecnologia , o encontro será aberto por Jason Markosk, primeiro evangelista de tecnologia da Amazon. A seguir, leia alguns trechos do bate-papo.
EXAME.com - Que transformações a tecnologia vem promovendo no mundo da leitura?
Susanna Florissi - A leitura hoje deixou de ser linear. O leitor está lendo e acessa um link relacionado, compartilha um trecho com amigos em redes sociais, lê mais sobre o assunto na internet. Essa é a grande beleza do momento atual. É claro, os jovens não lêem como a gente lê - mas também consomem. E o nosso segmento precisa se adaptar a esta mudança.
EXAME.com - Quais e-readers têm se saído melhor no Brasil?
Susanna Florissi - Como estes gadgets ainda são mais consumidos entre as classes mais ricas, o iPad tem sido a escolha mais comum. Mas outras opções, como o Kindle e o Kobo, também chegaram com muita força. Acho também que é uma questão de geração. Quem é mais velho e quer algo dedicado à leitura, escolhe o Kindle. Já as novas gerações, para as quais outras funções são essenciais, vão optar pelo iPad.
EXAME.com - Qual o cenário do mercado de livros digitais hoje no Brasil?
Susanna Florissi - De acordo os números oficiais, e-books não chegam a representar 3% das vendas de livro hoje no Brasil. Porém, a tendência é que haja uma rápida evolução nesse cenário - com os livros didáticos puxando uma arrancada. Iniciativas do governo, como o PNLD (Plano Nacional do Livro Didático), já consideram este formato nas suas contas.
EXAME.com - Em que áreas é maior o consumo do livro digital?
Susanna Florissi - Hoje, a maior parte do consumo de e-books está mesmo concentrada em obras de literatura - geralmente comercializadas no formato Epub. Em outros nichos, como a literatura infantil, a adoção do livro digital tende a ser mais lenta. Isso porque a criança quer abraçar o livro, beijar, levar para o banheiro... É assim mesmo.
EXAME.com - Como as editoras têm feito para ganhar dinheiro com o livro digital?
Susanna Florissi - Na literatura, prevalece o download para gadgets como Kindle e iPad. Já na área de livros didáticos, a interatividade tem gerado novidades. Há muita coisa que é acessada na nuvem ou por meio de senha durante um ano, por exemplo. Formatos antigos, como CD-ROMs, praticamente não existem mais - até pelo fato de alguns aparelhos não terem como acessá-los.
EXAME.com - Já há experiências interessantes envolvendo livro digital no país?
Susanna Florissi - Em São Paulo, o Colégio Bandeirantes aboliu os livros entre os alunos do 6º ano e adotou o iPad. Como a instituição atende a classes com maior poder aquisitivo e já usava Apple TVs, isso foi possível. Mas acho que novas experiências do tipo podem surgir com outros gadgets em diversos colégios.
EXAME.com - Como estamos em comparação com outros países?
Susanna Florissi - Um levantamento mostrou que jovens entre 15 e 24 anos que usam a internet a mais de cinco anos representam 5% da população mundial. No Brasil, esse grupo corresponde a 10% do total. Estamos na frente de China e Índia e no mesmo patamar de países como Alemanha e Japão. Como na Europa o mercado é menor e os leitores são mais conservadores, devemos caminhar mais rapidamente.
EXAME.com - A resistência ao formato pode ser um obstáculo na popularização dos e-books no Brasil?
Susanna Florissi - Não, muito pelo contrário. Antes, se você morasse em Petrolina (PE), tinha de pedir ao livreiro (geralmente no Rio, em São Paulo ou em Recife) que lhe mandasse os livros. O Brasil é um país muito grande, propício a essa hábito de enviar coisas. Nisso, a internet só facilita. A internet vai permitir que este conteúdo chegue a mais pessoas.
EXAME.com - A chegada de grandes redes, como aAmazone aBarnes and Nobles, é positiva para o mercado brasileiro de e-books?
Susanna Florissi - Somos a favor da livre-iniciativa sem concorrência predatória. Para nós, a popularização destes novos suportes é ótimo. Quando foram lançados, os pocket books representaram uma revolução nos EUA - pois tornaram a leitura mais barata. E o mesmo deve acontecer com e-books. Assim, quanto mais players, mais saudável o mercado.
EXAME.com - E qual deve ser o futuro dos e-books no Brasil?
Susanna Florissi - Acho que o mercado deve crescer - inclusive o impresso. O papel é ótimo para anotações e outras funções e, para mim, uma coisa puxa a outra. Cabe a autores e ilustradores estarem atentos a esta nova forma de fazer livro. O livro impresso não vai morrer, mas vai ter que conversar com outras mídias.
- 1. Tablets
1 /14(Justin Sullivan/Getty Images)
São Paulo – Chegam ao país nesta sexta-feira a nova geração do consagrado iPad da
Apple , o i
Pad Air , e o pequeno
iPad mini Retina . Com o desembarque destes modelos por aqui, o Brasil aumenta a sua lista de tablets à disposição dos consumidores brasileiros e que oferecem diferentes vantagens. A linha Note da Samsung, por exemplo, conta com aparelhos acompanhados da caneta digital S Pen, enquanto a Sony traz um modelo que pode ser usado sem medo próximo de copos de água e que é mais fino e leve que o iPad Air. Mas além de tablets que já estão à venda, EXAME.com incluiu o Venue 8, da Dell. De acordo com informações confirmadas pela empresa ao site, o dispositivo começa a ser vendido no Brasil em breve. Veja estes e outros modelos que você poderá encontrar nas lojas brasileiras.
- 2. iPad Air
2 /14(Divulgação/Apple)
Lançado hoje no Brasil, o iPad Air irá substituir o iPad 4. O tablet segue com tela Retina de 9,7 polegadas, mas está mais fino e mais potente que o modelo anterior: conta com 7,5 milímetros de espessura e processador A7 de 64 bits. Seu design também está um pouco diferente. A Apple reduziu as bordas da tela e, como resultado, fez com que o iPad Air se tornasse mais parecido com o iPad mini. A câmera que equipa o tablet é de 5 megapixels e ele pesa, no máximo, 478 gramas. Os preços vão de 1.749 a 2.499 reais, dependendo da capacidade (16, 32 ou 64 GB) e da presença ou não da conexão 3G/4G.
- 3. iPad mini Retina
3 /14(Divulgação)
Lançado junto com o iPad Air, o iPad mini de segunda geração (ao lado do modelo maior nesta foto) também desembarca no Brasil nesta sexta-feira. Além de contar com a tela de altíssima resolução, o iPad mini com tela Retina está mais potente que o modelo anterior, com processador A7, o mesmo que equipa o iPhone 5s e o iPad Air. O preço vai de 1.499 a 2.299 reais, dependendo da capacidade (16, 32 ou 64 GB) e do tipo de acesso à internet (só Wi-Fi ou também 3G/4G).
- 4. Dell Venue 8
4 /14(Dell)
Este tablet da Dell irá chegar em breve ao Brasil, conforme confirmado pela empresa a EXAME.com. Equipado com Android 4.2, o dispositivo tem tela de 8 polegadas e oferece duas câmeras. Além disso, é equipado com processador Intel Atom de dois núcleos e 2 GHz e tem 2 GB de memória. Em relação às suas dimensões, o Venue 8 tem 9,7 milímetros de espessura e pesa 372 gramas. Ainda não há expectativa de preço do tablet no Brasil, onde estará disponível em preto e vermelho. Nos EUA, contudo, o aparelho é vendido por 180 dólares.
- 5. Sony Tablet Xperia Z
5 /14(Sony)
O modelo da Sony é compatível com o padrão brasileiro para a rede 4G LTE e tem conta como destaque suas dimensões: são apenas 6,9 milímetros de espessura e 495 gramas de peso. Com tela HD de 10,1 polegadas, ele é maior, porém mais fino e leve que o iPad Air. À prova d’água, o Tablet Xperia Z conta ainda com Android 4.1 e é equipado com um processador de quatro núcleos. Bluetooth 4.0 e NFC também fazem parte do pacote de especificações do modelo que está à venda por 2,6 mil reais.
- 6. Samsung Galaxy Note
6 /14(Dell)
A família de tablets Note da Samsung é composta pelos modelos mais avançados da marca. Atualmente, a linha oferece opções de 8 e 10.1 polegadas. O menor conta com Android 4.1 e processador de quatro núcleos e 1,6 GHz. Além disso, tem câmera de 5 megapixels, 16 GB de memória e custa em torno de 1.180 reais. Já o tablet maior é equipado com um processador um pouco mais fraco, de quatro núcleos e 1,4 GHz, e Android 4.0. Com 16 GB de memória interna, o Note 10.1 oferece também câmera de 5 megapixels e pesa 600 gramas. O modelo pode hoje ser encontrado por cerca de 1,7 mil reais.
- 7. Samsung Galaxy Tab 3
7 /14(Divulgação)
Esta linha de tablets da Samsung não conta com a caneta digital, mas oferece modelos de 7, 8 e 10,1 polegadas. O mais simples é o de 7 polegadas que oferece Android 4.1, processador dual core de 1,2 GHz e câmera principal de 3 megapixels (MP). São 8 GB de armazenamento, 9,9 milímetros de espessura e 304 gramas de peso. Seu preço está em torno de mil reais. Em seguida vem o modelo de 8 polegadas e que está à venda por cerca de 1,4 mil reais. O tablet é equipado com Android 4.2, processador dual core de 1,5 GHz e câmera principal de 5 megapixels. Já o de 10,1 polegadas, que pode ser encontrado por 1,6 mil reais, também oferece Android 4.2, mas seu processador é um pouco mais potente: dual core de 1,6 GHz.
- 8. HP Slate 7
8 /14(Divulgação)
Um modelo de 7 polegadas à venda no Brasil é o HP Slate. O dispositivo conta com Android 4.1, além de processador de dois núcleos e 1,6 GHz. Com 8 GB de memória, o tablet pode tê-la expandida para até 32 GB. Apesar de pequeno, suas dimensões são razoáveis: tem 1 centímetro de espessura e pesa 365 gramas. Seu preço, contudo, é atraente e gira em torno dos 600 reais.
- 9. Novo Sony Tablet, da Sony
9 /14(Sony)
Este tablet conta com um design diferenciado, inspirado na forma de uma revista dobrada. Isto, explica a Sony, tornaria mais agradável a experiência de segurar o dispositivo. Resistente à respingos de água, o Sony Tablet tem tela de 9,4 polegadas e conta com Android 4.1. Além disso, oferece 16 GB de armazenamento, 1 GB de RAM, câmera principal de 8 megapixels. No site da Sony, o tablet pode ser encontrado por 1,7 mil reais.
- 10. Tablet Asus Fonepad
10 /14(Divulgação)
Se alguém procura por um tablet multifuncional, mas pequeno, uma opção pode ser este dispositivo da ASUS que é capaz de fazer ligações. Sua tela é de 7 polegadas e o Android é Jelly Bean. Além disso, o tablet conta com processador Intel Atom e duas câmeras básicas, uma frontal de 1,2 megapixel (MP) e uma traseira de 3 MP. No Brasil, ele pode ser encontrado por cerca de mil reais.
- 11. Tablet Latitude 10 Standard
11 /14(Dell)
Usuários que buscam uma boa experiência com Windows 8 podem gostar deste modelo da Dell, o Latitude 10. O aparelho oferece tela de 10 polegadas e conta com processador Intel Atom dual core de 1,8 GHZ, além de 2 GB de memória e 64 GB de armazenamento em SSD. A versão do sistema operacional é Windows 8 Pro e o dispositivo pode ser encontrado por cerca de 2,4 mil reais.
- 12. Tablet Iconia B1, da Acer
12 /14(Acer)
O modelo da Acer conta com tela de 7 polegadas e pesa apenas 320 gramas. Equipado com Android 4.1, o Iconia B1 oferece 16 GB de armazenamento e que pode ser expansível para até 32 GB com a inserção de um cartão microSD. Lançado no Brasil em maio, este aparelho pode hoje ser encontrado por cerca de 500 reais.
- 13. Gradiente Tegra Note
13 /14(Divulgação)
Um dos maiores destaques deste dispositivo da Gradiente é o seu processador: NVIDIA Tegra 4. Além disso, o tablet oferece ainda CPU de quatro núcleos. A versão do Android é a 4.2 e ele oferece 16 GB de armazenamento interno, expansível para até 32 GB. Em relação às dimensões, o Gradiente Tegra Note tem 9,4 milímetros de espessura e pesa 320 gramas. Um detalhe é que está disponível apenas em versão com Wi-Fi. O tablet pode ser encontrado por cerca de mil reais.
- 14. Agora veja os smartphones avançados à venda no Brasil
14 /14(Reprodução/Exame.com)