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Cientistas protegem macacos contra infecção por vírus Ebola

Washington - Um tratamento experimental permitiu proteger macacos do vírus Ebola, que provoca uma febre hemorrágica devastadora, após o aparecimento dos sintomas,...

ebola (©afp.com / Isaac Kasamani)

ebola (©afp.com / Isaac Kasamani)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h26.

Washington - Um tratamento experimental permitiu proteger macacos do vírus Ebola, que provoca uma febre hemorrágica devastadora, após o aparecimento dos sintomas, anunciaram esta quarta-feira cientistas americanos.

Os resultados promissores podem abrir o caminho para o desenvolvimento de terapias contra esta infecção, cuja taxa de mortalidade é de 90% entre os humanos, avaliam os cientistas no estudo publicado na revista Science Translational Medicine.

James Pettitt, do Instituto de Pesquisas de Doenças Infecciosas do Exército americano (USAMRIID), principal autor do estudo, explicou que esta terapia, chamada MB-003, tinha permitido proteger 100% dos primatas tratados uma hora depois de terem sido expostos ao vírus Ebola.

Dois terços destes animais, tratados 48 horas depois de terem sido infectados, também ficaram protegidos.

Este último estudo mostra que 43% dos primatas se curaram do Ebola depois de ter recebido tratamento por via intravenosa entre 104 e 120 horas depois do começo da infecção, isto é, após o aparecimento dos sintomas da doença.

O vírus do Ebola é responsável de muitas na África há vários anos. Além de constituir um grave perigo para a saúde pública, o vírus poderia ser utilizado em ataques de bioterrorismo.

Segundo os cientistas, o vírus Ebola se multiplica rapidamente transbordando a capacidade do sistema imunológico para lutar contra a infecção.

O MB-003 é um coquetel de anticorpos capazes de reconhecer as células infectadas e desatar uma reação do sistema imunológico para destruí-lo, afirmaram os autores do estudo.

Não foi constatado qualquer efeito colateral nos macacos tratados com sucesso contra a infecção.

O desenvolvimento deste tratamento é fruto de dez anos de cooperação entre o setor privado e o governo americano.

Os cientistas receberam financiamento da agência de pesquisas do Pentágono (DARPA), dos Institutos Nacionais de Saúde dos (NIH) e a Agência de Defesa da Redução de Ameaças (DTRA).

"Na falta de uma vacina e de um tratamento para tratar ou evitar uma infecção do vírus Ebola, prosseguir o desenvolvimento de MB-003 é muito promissor", avaliou Larry Zeitlin, diretor-geral do Mapp Biopharmaceutical em San Diego (Califórnia, oeste).

O tratamento MB-003 é fabricado pelo laboratório Kentucky BioProcessing em Owensboro (Kentucky, centro-leste).

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