Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2014 às 19h57.
Avaliação de Airton Lopes / Dez meses após ser lançado nos Estados Unidos por 35 dólares, o Chromecast chega ao Brasil com preço sugerido de 199 reais. Pouco maior que um pen drive, o dispositivo do Google leva por Wi-Fi o conteúdo do Netflix, do YouTube e da Play Filmes para televisores com entrada HDMI, mas sem funções de smartTV.
É preciso um smartphone ou um tablet com Android ou iOS para navegar pelos apps compatíveis, que ainda são poucos, e controlar a reprodução dos vídeos. O processamento do streaming é feito pelo Chromecast. Nos testes do INFOlab, ele funcionou perfeitamente. É possível ainda enviar conteúdo do PC para o dispositivo, espelhando abas do navegador Chrome. Mas a qualidade da transmissão com vídeos em 1 080p e os poucos formatos aceitos decepcionam, evidenciando que, apesar de ótimo para o streaming do Netflix e do YouTube, o Chromecast é limitadopara outras funções típicas de um media center.
Avaliação de Lucas Agrela / O Chromecast é uma iniciativa do Google para tornar mais inteligentes as TVs comuns com um acessório de conectividade de baixo custo. Vendido nos Estados Unidos por 35 dólares, ele cumpre bem esse papel. No Brasil, por outro lado, ele chega por 200 reais. Ainda assim, ele é uma forma de rodar aplicações em uma tela grande que é mais barata do que a Apple TV, vendida no país por 400 reais (99 dólares nos EUA).
O aparelho, essencialmente, é capaz de refletir sinais de vídeo de aplicativos de dispositivos móveis com resolução Full HD (1080p). Esse é o caso do YouTube e do Netflix, os mais populares entre os apps disponíveis para a plataforma atualmente.
Por si só, o Chromecast não faz nada. Após ser plugado na TV, ele precisa receber comandos por Wi-Fi de outros aparelhos, que podem ser smartphones e tablets (Android e iOS) ou até mesmo um notebook por meio de uma extensão do navegador Chrome.
O Chromecast normalmente é divulgado apenas como um pequeno acessório com tamanho um pouco maior do que o de um pen-drive que você pluga na televisão. E ele é isso mesmo. Mas o que o Google não costuma anunciar é que ele precisa de uma fonte de energia elétrica. Ela pode vir de duas fontes: ou da porta USB do seu televisor ou de uma tomada. A questão é que o Chromecast se parece com um pen-drive, mas precisa de um cabo ligado na outra ponta o que o torna menos atraente em termos de design.
Fora isso, ele é portátil e a conexão com a TV é feita por HDMI, o que permite a transmissão de vídeo em Full HD. Para se conectar à tomada, ele possui uma entrada microUSB.
Uma vez ligado, o Chromecast irá criar uma rede Wi-Fi própria buscando a conexão com algum dispositivo. No caso dos smartphones e tablets, basta parear o aparelho em questão com o acessório. Ele envia uma chave de acesso com apenas um toque na interface. Feito isso, o dispositivo já estará conectado à rede Wi-Fi pela qual o sinal será transmitido.
Feito isso, basta abrir um app que tenha suporte à transmissão, como o do YouTube ou o da Netflix. Ao iniciar a reprodução, quem assume a tarefa é o Chromecast e o seu dispositivo servirá como uma espécie de controle remoto. Sendo assim, o consumo de energia será menor do que se o seu aparelho estiver reproduzindo um vídeo por conta própria.
No smartphone ou tablet, é possível, por exemplo, controlar volume, mudar de cena, buscar um novo vídeo. O sinal desses apps é enviado em Full HD, mas a qualidade das imagens sofre um pouco de ruído.
No caso do navegador Google Chrome, é preciso baixar a extensão do Chromecast oferecida na loja de apps da empresa e configurá-la de forma semelhante ao que acontece em dispositivos móveis. Com isso, o usuário pode espelhar a tela do navegador, mas é necessário habilitar uma aba por vez para ser exibida na TV. Isso certamente ajuda na produtividade, visto que é possível veicular uma apresentação ou vídeo enquanto se faz outra coisa no computador. Mas pode ser um problema para pessoas que costumam abrir cinco, dez ou vinte abas de uma só vez.
Algo interessante e pouco conhecido é que o navegador Chrome é capaz de reproduzir vídeos no formato MPEG-4 padrão H.264. Para isso, é só arrastar para uma aba do programa o clipe. No entanto, não há suporte a legendas, a menos que elas estejam gravadas diretamente no arquivo, e o sinal transmitido para o Chromecast será em resolução mais baixa, em HD 720p.
Este ainda é o ponto fraco do Chromecast. São poucos os aplicativos que têm suporte à transmissão por meio do acessório. Não há, por exemplo, nenhum jogo avançado, como Real Racing 3 ou Injustice, que possa ser exibido na televisão. Existem, contudo, alguns apps simples com funções de entretenimento, como desenhar ou brincar com escassos jogos que são simples e infantis. Fora isso, apps de vídeo importantes ainda estão de fora, como é o caso do Vimeo.
Os aplicativos disponíveis atualmente são os seguintes: Hulu Plus, Netflix, YouTube, Crackle, Netflix, HBO Go, Pandora, MLB.TV Premium, Rdio, Google Play Movies & TV, Google Play Music, Songza, Red Bull TV, Vevo, Plex, PostTV, Viki e Realplayer Cloud.
Muitos desses apps são de empresas americanas e seus conteúdos não têm tradução para o português. Os mais interessantes para o público brasileiro são os dedicados à reprodução de vídeos.
O Google, entretanto, afirma estar trabalhando com diversos parceiros de conteúdo para oferecer mais opções aos consumidores. Mas, no momento, o aparelho perde no quesito variedade para a concorrente direta Apple TV, que tem mais aplicativos com suporte à transmissão.
Vale notar que o produto tem suporte aos seguintes formatos de vídeo: MP4, MKV e M4V (H.264 level 4.1); WEBM (VP8). Para áudio, são os seguintes: AAC, MP3, Vorbis.
Como citado acima, o Chromecast é um produto de baixo custo que é vendido por 200 reais no Brasil. Apesar do preço alto, ele é uma alternativa econômica à Apple TV para ver vídeo em uma tela grande a partir do seu smartphone. O acessório pode ser útil para quem não tem uma smart TV, que normalmente tem suporte ao YouTube, Netflix e muito mais, ou para quem realmente precisa espelhar as telas de notebooks ou dispositivos móveis na televisão. Contudo, o preço é alto para o que ele pode fazer atualmente.
Resolução de saída de vídeo | 1080p |
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Vídeo | MP4, MKV e M4V (H.264 level 4.1); WEBM (VP8) |
Prós | Transmissão de vídeos da Netflix e YouTube, design portátil |
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Contras | Não tem suporte a Windows Phone, quantidade limitada de conteúdo |
Conclusão | Acessório útil para quem não tem smart TV e quer reproduzir conteúdos na TV a partir de dispositivos móveis e notebooks |
Conexões | 6.0 |
Compatibilidade | 7.5 |
Design | 9.1 |
Usabilidade | 8.5 |
Média | 7.4 |
Preço | R$ 199 |