Tecnologia

"Chip verde" promete marcar início da indústria de componentes eletrônicos biodegradáveis

O processador é construído com celulose nanofibril, um material flexível e que se desintegra no ambiente

Chips verdes (Divulgação)

Chips verdes (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2015 às 08h06.

Pesquisadores conseguiram construir um chip biodegradável composto de celulose, a fibra presente na madeira. Cientistas da universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, se uniram ao departamento de Agricultura americano para desenvolver o novo semicondutor. O estudo foi publicado na última edição da revista Nature.

A maior parte de um chip convencional é composta por uma camada de suporte, que abriga a parte do processador que faz o computador funcionar. A equipe de pesquisadores trocou essa camada, normalmente composta por um metal que não é biodegradável, por um composto chamado de celulose nanofibril (CNF), um material flexível e biodegradável.

"Os chips são tão seguros que podem ser colocados em uma floresta e os fungos irão desintegrá-los. Eles são tão ecológicos quanto fertilizantes", diz o professor Zhenqiang Ma, líder da equipe de pesquisas.

Um dos obstáculos do projeto é o fato de a madeira se contrair ou expandir, dependendo da umidade. A solução foi cobrir o CNF com uma cobertura de epóxi (uma resina que endurece com o tempo), tornando o material mais resistente à água. O "chip verde" é mais barato e menos tóxico do que os materiais geralmente usados em componentes eletrônicos.

A maior parte dos aparelhos atuais é feita de material que, além de não ser biodegradável, é tóxica ao meio ambiente. Como os dispositivos eletrônicos ficam obsoletos cada vez mais rapidamente, eles são jogados fora com maior frequência. A criação de componentes eletrônicos feitos com materiais ecológicos, como o chip de madeira, é considerada pelos cientistas como o início de uma era de aparelhos menos danosos ao ambiente.

Fonte: Nature

Acompanhe tudo sobre:ChipsINFOTecnologias limpas

Mais de Tecnologia

Computadores quânticos estão mais perto de nossa realidade do que você imagina

Telegram se torna lucrativo após 11 anos, mas enfrenta críticas globais sobre moderação de conteúdo

Proibição do TikTok nos EUA pode deixar 'buraco' no setor de compras via redes sociais

Irã suspende bloqueio ao WhatsApp após 2 anos de restrições