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China lança sistema rival do GPS

Esta é a mais recente conquista da China no setor de tecnologia espacial

A Grande Muralha da China e o interior da Mongólia: segundo o jornal chinês Global Times, "possuir um sistema de navegação por satélite tem enorme significado estratégico" (©afp.com)
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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2012 às 14h45.

Pequim - O governo da China lançou na região Ásia-Pacífico os serviços públicos e comerciais de seu próprio sistema de navegação por satélite, projetado como um concorrente do americano GPS (Sistema de Posicionamento Global).

O sistema Beidou ("Ursa Maior" em chinês), que utiliza atualmente uma rede de 16 satélites de navegação e quatro experimentais, começou na quinta-feira a proporcionar serviços a civis em toda a região e, de acordo com a imprensa estatal, deve oferecer cobertura global até 2020.

Em uma entrevista ao jornal China Daily, Ran Chengqi, porta-voz do Escritório Chinês de Navegação por Satélite, o desempenho do sistema é comparável ao do GPS.

"Os sinais do Beidou já podem ser recebidos na Austrália", disse.

Esta é a mais recente conquista da China no setor de tecnologia espacial. O país pretende construir uma estação espacial até o fim da década e, eventualmente, enviar uma missão tripulada à Lua.

Para ampliar a rede de satélites chineses serão lançados mais 40 aparelhos ao espaço até 2024, segundo o porta-voz, o que permitiria possuir uma cobertura mundial a partir de 2020.

A China considera o programa bilionário um símbolo de sua crescente estatura global, do conhecimento científico e do êxito do Partido Comunista.


O início do serviço comercial do sistema aconteceu um ano depois do Beidou começar a enviar sinais de navegação limitados ao território chinês.

O país começou a construir a rede no ano 2000 para não depender do GPS.

Segundo o jornal chinês Global Times, "possuir um sistema de navegação por satélite tem enorme significado estratégico".

"A China tem um mercado enorme, onde o Beidou pode beneficiar tanto civis quanto militares", enquanto desenvolve um "sistema de navegação mundial que pode competir com o GPS", completa o jornal, ligado ao Partido Comunista.

No entanto, "podem surgir problemas no uso porque o Beidou é um sistema novo. Os consumidores têm que ser tolerantes", acrescenta o diário.

Morris Jones, analista do setor que mora em Sydney, considera pouco provável que o Beidou compita realmente com o GPS fora da China.

"O GPS está disponível gratuitamente, é de fácil acesso e muito conhecido, além de testado no mundo inteiro", declarou à AFP.

Para Jones, a principal razão da China para desenvolver o Beidou é proteger a segurança nacional, pois os Estados Unidos, que controlam o GPS, teriam a possibilidade de cortar o serviço.

"A possibilidade de recusa no acesso ao GPS leva outras nações a desenvolver o próprio sistema, livre do controle dos Estados Unidos", explica.

"Em tempos de guerra, ninguém quer ter negado o acesso a um sistema deste tipo", conclui Jones.

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Pequim - O governo da China lançou na região Ásia-Pacífico os serviços públicos e comerciais de seu próprio sistema de navegação por satélite, projetado como um concorrente do americano GPS (Sistema de Posicionamento Global).

O sistema Beidou ("Ursa Maior" em chinês), que utiliza atualmente uma rede de 16 satélites de navegação e quatro experimentais, começou na quinta-feira a proporcionar serviços a civis em toda a região e, de acordo com a imprensa estatal, deve oferecer cobertura global até 2020.

Em uma entrevista ao jornal China Daily, Ran Chengqi, porta-voz do Escritório Chinês de Navegação por Satélite, o desempenho do sistema é comparável ao do GPS.

"Os sinais do Beidou já podem ser recebidos na Austrália", disse.

Esta é a mais recente conquista da China no setor de tecnologia espacial. O país pretende construir uma estação espacial até o fim da década e, eventualmente, enviar uma missão tripulada à Lua.

Para ampliar a rede de satélites chineses serão lançados mais 40 aparelhos ao espaço até 2024, segundo o porta-voz, o que permitiria possuir uma cobertura mundial a partir de 2020.

A China considera o programa bilionário um símbolo de sua crescente estatura global, do conhecimento científico e do êxito do Partido Comunista.


O início do serviço comercial do sistema aconteceu um ano depois do Beidou começar a enviar sinais de navegação limitados ao território chinês.

O país começou a construir a rede no ano 2000 para não depender do GPS.

Segundo o jornal chinês Global Times, "possuir um sistema de navegação por satélite tem enorme significado estratégico".

"A China tem um mercado enorme, onde o Beidou pode beneficiar tanto civis quanto militares", enquanto desenvolve um "sistema de navegação mundial que pode competir com o GPS", completa o jornal, ligado ao Partido Comunista.

No entanto, "podem surgir problemas no uso porque o Beidou é um sistema novo. Os consumidores têm que ser tolerantes", acrescenta o diário.

Morris Jones, analista do setor que mora em Sydney, considera pouco provável que o Beidou compita realmente com o GPS fora da China.

"O GPS está disponível gratuitamente, é de fácil acesso e muito conhecido, além de testado no mundo inteiro", declarou à AFP.

Para Jones, a principal razão da China para desenvolver o Beidou é proteger a segurança nacional, pois os Estados Unidos, que controlam o GPS, teriam a possibilidade de cortar o serviço.

"A possibilidade de recusa no acesso ao GPS leva outras nações a desenvolver o próprio sistema, livre do controle dos Estados Unidos", explica.

"Em tempos de guerra, ninguém quer ter negado o acesso a um sistema deste tipo", conclui Jones.

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