CEO do Yahoo é questionada sobre rigor em contratações
A empresa teria recusado bons candidatos que não tinham diplomas de universidades com prestígio
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2013 às 16h41.
San Francisco - A presidente-executiva do Yahoo , Marissa Mayer, foi questionada em uma reunião interna com o pessoal da empresa, semanas atrás, sobre a possibilidade de que suas práticas rigorosas de contratação tenham levado a empresa a perder engenheiros talentosos, no hipercompetitivo mercado de empregos do Vale do Silício.
Mayer rejeitou a queixa de que havia recusado bons candidatos porque eles não tinham diplomas de universidades prestigiosas, e rebateu desafiando seu pessoal a trabalhar melhor no recrutamento, de acordo com um funcionário que participou da reunião.
"Por que não podemos simplesmente melhorar nas contratações?", respondeu Mayer, aludindo a um diálogo de "Say Anything", filme de 1989 que ela descreveu como um de seus favoritos, conta o funcionário. Ele pediu que seu nome não fosse mencionado porque não está autorizado a discutir assuntos internos do Yahoo.
A pergunta, de acordo com fontes informadas sobre o Yahoo, reflete preocupações mais amplas entre o gerentes de contratações e os demais funcionários, sobre a maneira pela qual Mayer, que assumiu como presidente-executiva em julho passado, alterou as práticas de contratação, como parte de seu esforço para transformar a cultura e a força de trabalho da empresa.
Mayer insiste em revisar pessoalmente todas as novas contratações, prática que seus defensores afirmam ser necessária para reforçar a disciplina da companhia. Os críticos, no entanto, afirmam que o rigor de seus padrões está tornando ainda mais difícil preencher as vagas para as quais o Yahoo já tem dificuldade em encontrar candidatos.
Mesmo antes da controvérsia causada pela decisão de Mayer de proibir o teletrabalho para os funcionários do Yahoo, no mês passado, a companhia já enfrentava problemas diante da percepção de que seu momento passou, de acordo com consultores de recrutamento.
Além disso, o Yahoo enfrenta feroz concorrência pelo talento no Vale do Silício, onde Google e Facebook são empregadores mais prestigiosos e empresas iniciantes podem oferecer a novos contratados o atrativo de ações em uma futura oferta pública inicial.
O Yahoo não quis comentar sobre o assunto ou disponibilizar Mayer para uma entrevista.
A executiva disse a investidores em janeiro que o Yahoo estava vendo um aumento no volume e qualidade de candidatos a trabalho no grupo, e que o atrito entre "o talento de melhor desempenho" estava bem menor do que no passado.
Mesmo assim o Yahoo tem cerca de 900 vagas de trabalho abertas, representando cerca de 8 por cento de sua força de trabalho, de 11,5 mil pessoas, segundo seu website. Algumas das vagas estão abertas há meses.
O Google, em comparação, tem quase 1.000 vagas abertas, mas que representam apenas 2 por cento de uma força de trabalho que é quatro vezes maior do que a do Yahoo.
San Francisco - A presidente-executiva do Yahoo , Marissa Mayer, foi questionada em uma reunião interna com o pessoal da empresa, semanas atrás, sobre a possibilidade de que suas práticas rigorosas de contratação tenham levado a empresa a perder engenheiros talentosos, no hipercompetitivo mercado de empregos do Vale do Silício.
Mayer rejeitou a queixa de que havia recusado bons candidatos porque eles não tinham diplomas de universidades prestigiosas, e rebateu desafiando seu pessoal a trabalhar melhor no recrutamento, de acordo com um funcionário que participou da reunião.
"Por que não podemos simplesmente melhorar nas contratações?", respondeu Mayer, aludindo a um diálogo de "Say Anything", filme de 1989 que ela descreveu como um de seus favoritos, conta o funcionário. Ele pediu que seu nome não fosse mencionado porque não está autorizado a discutir assuntos internos do Yahoo.
A pergunta, de acordo com fontes informadas sobre o Yahoo, reflete preocupações mais amplas entre o gerentes de contratações e os demais funcionários, sobre a maneira pela qual Mayer, que assumiu como presidente-executiva em julho passado, alterou as práticas de contratação, como parte de seu esforço para transformar a cultura e a força de trabalho da empresa.
Mayer insiste em revisar pessoalmente todas as novas contratações, prática que seus defensores afirmam ser necessária para reforçar a disciplina da companhia. Os críticos, no entanto, afirmam que o rigor de seus padrões está tornando ainda mais difícil preencher as vagas para as quais o Yahoo já tem dificuldade em encontrar candidatos.
Mesmo antes da controvérsia causada pela decisão de Mayer de proibir o teletrabalho para os funcionários do Yahoo, no mês passado, a companhia já enfrentava problemas diante da percepção de que seu momento passou, de acordo com consultores de recrutamento.
Além disso, o Yahoo enfrenta feroz concorrência pelo talento no Vale do Silício, onde Google e Facebook são empregadores mais prestigiosos e empresas iniciantes podem oferecer a novos contratados o atrativo de ações em uma futura oferta pública inicial.
O Yahoo não quis comentar sobre o assunto ou disponibilizar Mayer para uma entrevista.
A executiva disse a investidores em janeiro que o Yahoo estava vendo um aumento no volume e qualidade de candidatos a trabalho no grupo, e que o atrito entre "o talento de melhor desempenho" estava bem menor do que no passado.
Mesmo assim o Yahoo tem cerca de 900 vagas de trabalho abertas, representando cerca de 8 por cento de sua força de trabalho, de 11,5 mil pessoas, segundo seu website. Algumas das vagas estão abertas há meses.
O Google, em comparação, tem quase 1.000 vagas abertas, mas que representam apenas 2 por cento de uma força de trabalho que é quatro vezes maior do que a do Yahoo.