Tecnologia

CEO do Google planeja frear contratações com temor de recessão

Pichai disse que a empresa concentrará as contratações em “engenharia, técnicos e outras funções críticas” em 2022 e 2023, de acordo com uma cópia do e-mail visto pela Bloomberg News

Google: Historicamente, o Google permaneceu relativamente imune às desacelerações econômicas no setor de tecnologia (Carsten Koall/Getty Images)

Google: Historicamente, o Google permaneceu relativamente imune às desacelerações econômicas no setor de tecnologia (Carsten Koall/Getty Images)

B

Bloomberg

Publicado em 13 de julho de 2022 às 09h10.

O Google, da Alphabet, planeja frear as contratações pelo restante do ano diante de uma possível recessão econômica, disse o CEO Sundar Pichai em e-mail aos funcionários.
Pichai disse que a empresa concentrará as contratações em “engenharia, técnicos e outras funções críticas” em 2022 e 2023, de acordo com uma cópia do e-mail visto pela Bloomberg News.

“Precisamos ser mais empreendedores, trabalhando com maior urgência, foco mais afiado e mais garra do que demonstramos em dias melhores”, escreveu Pichai. “Em alguns casos, isso significa consolidar onde os investimentos se sobrepõem e simplificar os processos.”

LEIA TAMBÉM: Quase 80% dos americanos temem perder o emprego em uma recessão

Historicamente, o Google permaneceu relativamente imune às desacelerações econômicas no setor de tecnologia. A gigante da internet interrompeu as contratações após a crise financeira há mais de uma década, mas desde então tem adicionado regularmente ondas de novos funcionários para seu principal negócio de publicidade e áreas como smartphones, carros autônomos e dispositivos vestíveis que ainda não são lucrativos.

A Alphabet, que empregava quase 164.000 pessoas em 31 de março, nos últimos anos fez contratações principalmente para a divisão de nuvem do Google e novas áreas como equipamentos.

A decisão do CEO do Google segue a de outras empresas de tecnologia. Em maio, Snap e Lyft disseram que iriam desacelerar as contratações. Várias semanas depois, a Instacart disse que reduziria o crescimento do emprego e a Tesla seguiu com um anúncio de uma redução de 10% de sua força de trabalho assalariada.

No início desta semana, a Microsoft anunciou que cortaria um pequeno número de empregos. A Meta também reduziu seus planos de contratação devido a preocupações com as condições econômicas.

No e-mail, Pichai disse que o Google adicionou 10.000 funcionários durante o segundo trimestre e tem “fortes compromissos” nos próximos meses para contratar universitários.

LEIA TAMBÉM: 

Recessão ou inflação: que os investidores temem mais?

5 motivos para não ter recessão nos Estados Unidos, segundo a Gavekal Research

Acompanhe tudo sobre:economia-internacionalEmpregosEstados Unidos (EUA)GoogleRecessão

Mais de Tecnologia

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia

Amazon é multada em quase R$ 1 mi por condições inseguras de trabalho nos EUA