Tecnologia

CEO da Nokia diz que descartou Android para "não se render"

Apesar de ser o maior fabricante de telefones celulares do mundo, a Nokia viu sua posição dominante ser ameaçada nos últimos quatro anos pelo surgimento dos smartphones

Stephen Elop, o CEO da Nokia, teria vendido suas ações da Microsoft para evitar a desconfiança dos finlandeses (Divulgação)

Stephen Elop, o CEO da Nokia, teria vendido suas ações da Microsoft para evitar a desconfiança dos finlandeses (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2011 às 19h46.

San Diego - O executivo-chefe da Nokia, Stephen Elop, afirmou nesta quinta-feira que a companhia finlandesa descartou utilizar o sistema Android em seus aparelhos porque tal medida poderia significar que estava se "rendendo" à concorrência.

Apesar de ser o maior fabricante de telefones celulares do mundo, a Nokia viu sua posição dominante ser ameaçada nos últimos quatro anos pelo surgimento dos smartphones, já que seu sistema operacional Symbian ficou obsoleto para fazer frente a esse desafio, admitiu Elop.

"Cada vez era mais frágil e instável, e tomava cada vez mais tempo atualizá-lo para que fosse competitivo", explicou o executivo, que chegou à Nokia em 2010 após passagem pela Microsoft.

Elop foi o responsável por fechar um acordo com a Microsoft para enterrar o Symbian e adotar o sistema operacional Windows Phone 7 em seus dispositivos, uma decisão estratégica que defendeu hoje no último dia da Uplinq, realizado em San Diego.

"Estudamos também a opção do Google (Android). Pensamos em nos unir a um sistema forte e em crescimento, mas nos preocupava o fato de que não poderíamos nos diferenciar o suficiente. Além disso, era uma questão de atitude. Se adotássemos o Android, teríamos dado a impressão de que estávamos nos rendendo. Não nos rendemos, lutamos com mais força", disse.

Acompanhe tudo sobre:AndroidConcorrênciaEmpresasempresas-de-tecnologiaGoogleIndústria eletroeletrônicaNokiaSmartphones

Mais de Tecnologia

Xerox compra fabricante de impressoras Lexmark por US$ 1,5 bilhão

Telegram agora é lucrativo, diz CEO Pavel Durov

O futuro dos jogos: Geração Z domina esportes eletrônicos com smartphones e prêmios milionários

Como a greve da Amazon nos EUA pode atrasar entregas de Natal