Tecnologia

Celular define novos padrões de consumo, diz executivo do Google

Julio Zaguini, que participou do fórum 'A Revolução do Novo', diz que 'cérebros de bolso' alimentam inteligência artificial online

Julio Zaguini, diretor para desenvolvimento de negócios do Google, durante o evento 'A Revolução do Novo' (Antonio Milena/VEJA)

Julio Zaguini, diretor para desenvolvimento de negócios do Google, durante o evento 'A Revolução do Novo' (Antonio Milena/VEJA)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 14h08.

Última atualização em 21 de março de 2017 às 12h22.

São Paulo -- O uso do celular como uma extensão do corpo humano e a inteligência artificial são os principais propulsores de novos padrões de consumo e a internet é “o maior painel de consumidores do planeta”. O diagnóstico é de Julio Zaguini, diretor para desenvolvimento de negócios do Google, último palestrante do fórum A Revolução do Novo, promovido por Veja e a revista EXAME em São Paulo nesta segunda-feira.

“Estamos vendo ondas de revolução. Até há pouco tempo atrás, a internet era a revolução que impactava o consumo. Dali a pouco, era a internet móvel. Não estamos nem acostumados ainda aos celulares e já vemos a inteligência artificial simplesmente nos atropelar”, enumera Zaguini.

Para o diretor do Google, a interação constante com os celulares durante o dia – ao menos 150 vezes, diz ele – faz com que os usuários sejam impactados o tempo todo por informações e também sejam propagadores delas, o que alimenta a inteligência artificial. “Há uma interação: novas tecnologias impactando nossos hábitos e nossos hábitos impactando novas tecnologias”, resume o executivo.

“Existe um cérebro trabalhando por trás do celular que tem mais capacidade que o primeiro foguete que levou o homem à Lua”, compara Julio Zaguini, que deu demonstrações de como já é possível fazer pesquisas por meio de voz online e receber resultados e respostas em questão de segundos. Trata-se de uma “conversa” com a máquina.

O mapeamento de interesses e tendências de consumo na internet também é alimentado pelas interações entre humanos e seus “cérebros de bolso”. “Conseguimos observar todos os comportamentos de cada usuário com inteligência artificial”, explica o palestrante, que afirma que é possível identificar na internet, por exemplo, quem busca entretenimento ou inspiração. “Existem blocos de comportamento que são claramente identificados na nossa relação com as nossas máquinas”, conclui.

Julio Zaguini também ressaltou a influência do vídeo online e do YouTube como influenciador de padrões de consumo, sobretudo dos brasileiros. No país, conforme mostrou o executivo, dois entre os três maiores influenciadores têm canais no site de vídeo: Whindersson Nunes e Coisa de Nerd.

Acompanhe tudo sobre:a-revolucao-do-novoeventos-exameInovaçãoRevista VEJA

Mais de Tecnologia

Skeelo compra Skoob e mira crescer no setor de e-books. O desafio: conquistar 10 milhões de leitores

AMD anuncia aquisição da ZT Systems por US$ 4,9 bilhões para expandir IA

Saiba o que muda com o fechamento do escritório do X no Brasil

Declínio do Bumble indica que apps de namoro enfrentam barreiras geracionais

Mais na Exame