Tecnologia

Canon EOS 70D

A Canon EOS 70D é uma ótima câmera, especialmente quando o assunto é vídeo, como já é tradicional nos aparelhos da marca. Com um novo sistema de autofoco, não é mais necessário ajustar o foco a todo momento, já que essa nova tecnologia funciona muito bem. A qualidade de imagens também é ótima, mas diante […]

CAnon

CAnon

DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 21h13.

logo-infolab

A Canon EOS 70D é uma ótima câmera, especialmente quando o assunto é vídeo, como já é tradicional nos aparelhos da marca. Com um novo sistema de autofoco, não é mais necessário ajustar o foco a todo momento, já que essa nova tecnologia funciona muito bem. A qualidade de imagens também é ótima, mas diante das inovações técnicas dessa DSLR, ela não chega a ser o seu principal atrativo. É possível até mesmo controlar a câmera com um aparelhos com sistema Android ou iOS e até mesmo computadores com Mac OS ou Windows, por uma conexão Wi-Fi criada pelo próprio produto. A câmera é categorizada como semiprofissional por não ter um sensor Full Frame, contudo, ela dispõe de diversos recursos avançados que podem ser muito úteis para fotógrafos.

O autofoco dessa câmera é mais preciso do que as demais do mercado, já que ele não prejudica o vídeo com um vai-e-vem tentando acertar o foco. Isso se deve um conjunto de fatores. A maior inovação da máquina está na forma como os fotodiodos do CMOS são organizados, que Canon chama de Dual Pixel CMOS AF. Cada pixel da máquina é divido em duas estruturas sensíveis à luz que captam de ângulos raios diferentes. Isso torna possível que a câmera ajuste o foco por detecção de fase, que consiste na iluminação por igual das extremidades da lente.

Para que isso aconteça, existe um separador que divide a luz que passa em cada extremidade da lente e a reflete para um sensor dedicado que costuma ficar na parte inferior da câmera. Quando a luz atinge esse sensor, ele reconhece quais pontos foram sensibilizados e instrui o motor de foco para mover a lente para frente ou para trás de acordo com as informações coletadas. Para que a imagem esteja em foco, cada raio de luz que foi separado deve atingir dois pontos de foco separados a uma distância determinada.

No entanto, nesta câmera, a fabricante usou uma abordagem diferente, usando além do separador de fase, uma arquitetura diferente em que os 20,2 MP das fotografias foram divididos em 40,1 milhões de fotodiodos, ou seja, cada pixel captura dois diodos de luz ao mesmo tempo. Além disso, a empresa colocou um array de microlentes sobre a matriz de Bayer. No momento da exposição, o valor de cada par é combinado em um único pixel, mas antes da foto eles são usados separadamente como pontos de foco.

Em termos mais simples, é como se câmera identificasse imagens com resolução de 40 MP para que ela possa comparar os fotodiodos duplicados de cada pixel para fazer a detecção de fase, dessa forma gerando um autofoco mais eficiente. Dessa forma, a Canon EOS 70B sabe qual é a posição relativa do objeto de forma mais eficaz e rápida.

O único ponto negativo para fotos desse novo sistema de autofoco é que o espelho demora um pouco para sair da frente do sensor no modo live view, dessa forma, forçando o produto a usar o autofoco convencional das DSLR que conta apenas com a detecção de fase por meio do separador. Sendo assim, ele é melhor para ser usado em vídeos.

Drive

O motor do obturador é bem rápido, comparável com o da Alpha A77. O buffer em si não é especialmente grande. O INFOlab conseguiu no máximo de 24 frames consecutivos em resolução máxima, mas ela se limita a 7 em boa parte do tempo. O interessante é que esses 7 frames são consistentemente capturados em 1 segundo. A qualidade não é sacrificada no disparo contínuo, apesar do live view ficar travado para que seja possível a captura de imagens.

Vídeo

O autofoco não é o único recurso especial que torna a 70D excelente para vídeos. Esta também é a primeira DSLR que já que já passou pelo INFOlab que emprega duas abordagens de compactação de vídeo: IPB e All-I. Nos dois casos, o arquivo será um MOV encodado em h.264, mas existirá uma diferença enorme entre eles no que diz respeito ao tamanho do arquivo e às possibilidades de edição do mesmo.

Um arquivo vídeo é comprimido em várias camadas: informações de cor, de luz e de imagens completas (ou seja, os frames). Toda especificação de compressão de vídeo que segue a MPEG organiza os frames do vídeo em um determinado Grupo de Imagens. O vídeo é considerado comprimido porque os frames desse GdI não são iguais: existem Intra-frames (I-frame), Predictive-frames (P-frame) e Bi-directional Predictive Frames (B-frame).

A 70D faz o tipo de codificação típica IPB, que usa os três tipos de frames citados . No entanto, ela também é capaz de gerar vídeos apenas com I-frames. Estes não são exatamente vídeos em “RAW”, porque eles são codificados em h.264, mas o efeito é similar. Os arquivos terão qualidade superior e ficam enormes. A grande vantagem, contudo, é que eles contêm mais informações, o que confere uma enorme flexibilidade na hora da edição (e também diminui o processamento necessário para lidar com o filme). A partir daí, o produtor pode escolher como codificar o vídeo final.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=daeGDA-orHs%5D

Wi-Fi

Além de ser empregado para o básico, ou seja, transferência de imagens e viewfinder remoto, o Wi-Fi da 70D também permite transferir imagens entre câmeras e mandar imagens diretamente para uma impressora.

Mas o maior destaque sem dúvida é o excelente aplicativo de controle remoto com versões para Windows, Mac OS, Android e iOS (EOS Utility para PC e EOS Remote para smartphones). Em um nível mais superficial, as funções são basicamente as mesmas nas quatro plataformas e também não senti diferenças significativas de desempenho entre cada uma.

O programa de Windows e de Mac OS, contudo, oferece uma série de recursos extras. Ele basicamente leva o live view da câmera para o PC, com absolutamente todas as opçõesda própria máquina: ele exibe horizonte virtual, histograma em tempo real, muda todos os parâmetros de exposição, lê os níveis de som em modo de vídeo, levanta e controla o flash... Fora mudar o modo de exposição e efetivamente gravar vídeos (a gravação em si é desativada sempre que o Wi-Fi é ativado), é difícil pensar em algo que possa ser feito na câmera e não no computador.

Outra questão importante no caso da aplicação de PC é que a conexão não é direta. Basta que a câmera e o computador estejam conectados ao mesmo roteador para que ela funcione (o que significa que o usuário não perde acesso à internet). Naturalmente, as imagens são transferidas em resolução total para o PC, mas isso pode ser um pouco demorado.

Esse uso é interessante especialmente para fotógrafos que preciso de uma maior precisão na captura de imagens, já que há ajustes finos que podem ser feitos diretamente pelo software. Como o disparo pode ser feito remotamente, quem usar o aparelho para produções cinematográficas também encontrará grande utilidade nessa conexão sem fio com um computador ou notebook.

A única coisa que falta nesse aplicativo é a possibilidade de sincronizar as fotos com o GPS do smartphone, o que seria bem útil considerando que a câmera em si não suporta esse recurso.

Controles, menus e ajustes

Outro grande ponto positivo (com algumas ressalvas) da 70D é a interface física e virtual. Essa é certamente uma das máquinas mais confortáveis que já segurei. Ela possui todo o espaço para os dedos da Mark III, mas apenas uma fração do peso de sua irmã maior. Especialmente o grip avantajado agrada, bem como a faixa emborrachada que cobre boa parte da lateral. Nesse mesmo sentido, o viewfinder amplo é confortável para os olhos.

Só para o foco há três botões de funções diferentes (ativação de AF, trava de foco e modo de foco). Todos os botões são bem leves, talvez até demais. Boa parte dos controles está disponível também no modo de vídeo, o que é mais um ponto a favor de usar essa câmera como filmadora.

Para auxiliar os controles tradicionais, a Canon instalou uma tela sensível ao toque que suspeito ser a mesma utilizada na Rebel T4i. A tela é muito boa em definição, contraste, brilho e ângulos de visão. Mas o impressionante mesmo é como ela se integra bem ao sistema para se tornar algo realmente útil. Todos os elementos de interface da tela traseira são interativos.

Grande parte da interface é baseada em botões virtuais que se adaptam bem ao toque. Isso é especialmente notável no Quick Menu, uma espécie de hub de opções de exposição. Claro, a tela também é muito útil para selecionar o ponto de foco (inclusive durante a gravação de vídeos).

Foto por: INFO

Foto por: INFO

Foto por: INFO

Foto por: INFO

Foto por: INFOlab

 

 

Ficha técnica

Sensor20 MP
Zoom3x (18-55 mm)
Filmagem1080p
TelaLCD 2 polegadas touch screen
ConectividadeWi-Fi
Peso972 g

Avaliação técnica

PrósSistema de autofoco inovador, boa ergonomia, tela sensível ao toque, controle via Wi-Fi
ContrasPosicionamento estranho de alguns controles
ConclusãoÓtima câmera semiprofissional com recursos avançados, autofoco excelente
Imagem8,4
Velocidade7,8
Objetiva7,8
Visor8,5
Design8,3
Recursos9,3
Filmagem9,9
Média8.5
PreçoR$ 3.939
Acompanhe tudo sobre:Câmeras digitaisCanonReviewsReviews INFO

Mais de Tecnologia

TikTok diz preferir fechar o aplicativo nos EUA do que vender

Quem quer, e consegue, comprar o TikTok?

China lança missão espacial Shenzhou-18

Google adia planos de bloquear cookies de terceiros mais uma vez

Mais na Exame