g20 (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2013 às 06h09.
O governo do Canadá permitiu que os Estados Unidos espionassem os dirigentes dos países que participaram da Cúpula do G20 realizada em Toronto em junho de 2010, de acordo com documentos divulgados pelo ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA, sigla em inglês) dos EUA, Edward Snowden, que foram revelados nesta quarta-feira pela emissora canadense "CBC".
Os documentos afirmam que os "Estados Unidos transformaram sua embaixada em Ottawa em um posto de comando durante uma operação de espionagem de seis dias" da NSA.
Segundo os documentos de Snowden, as autoridades canadenses estavam completamente cientes das atividades americanas até o ponto em que foram "estreitamente coordenadas com o Canadá", através da Central de Segurança das Telecomunicações do Canadá (CSEC, sigla em inglês).
A CSEC, encarregada de ações de espionagem das telecomunicações, ganhou notoriedade internacional em outubro deste ano quando Snowden revelou que este órgão espionou o Ministério das Minas e Energia do Brasil.
As revelações de Snowden causaram um profundo mal-estar no Brasil até o ponto que a presidente Dilma Rousseff solicitou explicações e desculpas do Canadá.
Por outro lado, o governo canadense se limitou a declarar que as atividades da CSEC são "legais" e relativas à "segurança nacional".
Mas analistas afirmaram que o único motivo da espionagem ao Ministério das Minas e Energia do Brasil é econômico e não de segurança.
Os documentos revelados nesta quarta-feira pela "CBC" afirmam que o propósito da espionagem da NSA aos membros do G20 é "proporcionar apoio aos políticos".
A "CBC" disse que se a CSEC participou da espionagem da NSA durante o G20, essas ações foram ilegais, segundo a legislação canadense que impede que o órgão atue dentro do Canadá sem autorização judicial.