Cães são capazes de perceber alegria, ou raiva dos humanos
No estudo, os cães prestavam mais atenção quando as expressões faciais eram concordantes, dando a entender que eram capazes perceber algumas emoções
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 08h49.
Bastam as expressões faciais e o tom de voz para um cão reconhecer o estado de ânimo de alguém, capacidade atribuída, até agora, apenas ao homem em relação a uma outra espécie - revela um estudo publicado nesta quarta-feira.
Os animais geralmente podem interpretar as emoções de seus semelhantes e antecipar suas intenções, mas apenas dentro de uma mesma espécie.
Para captar as emoções de outra espécie, o cérebro deve ser capaz de transcrever representações mentais de imagens e sons, poder avaliá-las, compará-las, associá-las e combiná-las.
Para realizar o estudo, publicado na revista Biology Letters da Royal Society britânica, pesquisadores da Universidade de Lincoln, no Reino Unido, e da Universidade de São Paulo (USP) , colocaram 17 cães diante de imagens de rostos que manifestavam alegria, ou raiva, associadas à voz de uma pessoa feliz, ou irritada.
As representações de rostos felizes eram associadas, sucessivamente, a uma voz agradável e a uma voz irritada. Depois, fez-se o mesmo com imagens de pessoas visivelmente chateadas.
Os pesquisadores observaram que os cães prestavam mais atenção quando as expressões faciais eram concordantes, dando a entender que eram capazes de analisar o vínculo e definir se a informação era coerente.
"Nosso estudo mostra que os cães têm a capacidade de integrar duas fontes de informações sensoriais diferentes e ter uma percepção coerente das emoções humanas", explicou Kun Guo, da Universidade de Lincoln.
"Esta capacidade cognitiva havia sido detectada apenas nos seres humanos", acrescentou.
Muitos donos de cachorro afirmam que seus animais de estimação são muito sensíveis ao estado de espírito dos membros da família. Existe, porém, uma diferença importante entre aprender a reagir de forma apropriada a uma voz chateada e decifrar outro tipo de informação, ressalta a pesquisa.
"Aqui, os cães não tiveram qualquer período de familiarização com os sujeitos" do estudo, lembra Daniel Mills.
"Isso sugere que essa capacidade para combinar sinais emocionais é algo próprio do animal", explica.
"Essa atitude pode decorrer da relação particular que (os cães) mantêm com os seres humanos", disse à AFP Natália Albuquerque, que dirigiu a equipe.
Bastam as expressões faciais e o tom de voz para um cão reconhecer o estado de ânimo de alguém, capacidade atribuída, até agora, apenas ao homem em relação a uma outra espécie - revela um estudo publicado nesta quarta-feira.
Os animais geralmente podem interpretar as emoções de seus semelhantes e antecipar suas intenções, mas apenas dentro de uma mesma espécie.
Para captar as emoções de outra espécie, o cérebro deve ser capaz de transcrever representações mentais de imagens e sons, poder avaliá-las, compará-las, associá-las e combiná-las.
Para realizar o estudo, publicado na revista Biology Letters da Royal Society britânica, pesquisadores da Universidade de Lincoln, no Reino Unido, e da Universidade de São Paulo (USP) , colocaram 17 cães diante de imagens de rostos que manifestavam alegria, ou raiva, associadas à voz de uma pessoa feliz, ou irritada.
As representações de rostos felizes eram associadas, sucessivamente, a uma voz agradável e a uma voz irritada. Depois, fez-se o mesmo com imagens de pessoas visivelmente chateadas.
Os pesquisadores observaram que os cães prestavam mais atenção quando as expressões faciais eram concordantes, dando a entender que eram capazes de analisar o vínculo e definir se a informação era coerente.
"Nosso estudo mostra que os cães têm a capacidade de integrar duas fontes de informações sensoriais diferentes e ter uma percepção coerente das emoções humanas", explicou Kun Guo, da Universidade de Lincoln.
"Esta capacidade cognitiva havia sido detectada apenas nos seres humanos", acrescentou.
Muitos donos de cachorro afirmam que seus animais de estimação são muito sensíveis ao estado de espírito dos membros da família. Existe, porém, uma diferença importante entre aprender a reagir de forma apropriada a uma voz chateada e decifrar outro tipo de informação, ressalta a pesquisa.
"Aqui, os cães não tiveram qualquer período de familiarização com os sujeitos" do estudo, lembra Daniel Mills.
"Isso sugere que essa capacidade para combinar sinais emocionais é algo próprio do animal", explica.
"Essa atitude pode decorrer da relação particular que (os cães) mantêm com os seres humanos", disse à AFP Natália Albuquerque, que dirigiu a equipe.