Cachorros interagem melhor com robôs que os humanos
Cães-guia trataram a presença de robôs de entrega com naturalidade
Ariane Alves
Publicado em 24 de dezembro de 2018 às 05h55.
Última atualização em 24 de dezembro de 2018 às 05h55.
São Paulo - A presença de robôs de entrega de encomendas já é realidade nos Estados Unidos. Estima-se que 12 milhões de americanos já tenham encontrado algum dos robôs da Starship Technologies, startup americana especializada no segmento. Diante de um cenário de crescimento - neste ano, a empresa recebeu um aporte de 25 milhões de dólares -, a equipe resolveu pensar também nos animais .
Como alguns clientes e pedestres possuem algum tipo de deficiência e necessitam da ajuda de cães-guia ou cães de serviço, a reação dos animais à presença dos robôs tornou-se uma preocupação. Por isso, a Starship Technologies se juntou à organização beneficente britânica Guide Dogs for the Blind e realizou um projeto-piloto para entender como os cães-guias se comportavam quando viam um robô.
Reação normal aos robôs
Durante os testes, um cão partia com seu dono ou treinador para uma atividade diária típica e encontrava no caminho um dos robôs da empresa, que poderia se aproximar de frente, de costas ou pelas laterais. Os resultados foram animadores: os cães não reagiram de maneira negativa em nenhum dos cenários, e a maioria apenas parou e esperou pela aproximação dos robôs, como conta o site Futurism.
Com isso, a organização pretende treinar os cães recém-recrutados para reagir da mesma forma a essas situações, como fariam com qualquer outro obstáculo.
Por enquanto, os cachorros já interagem melhor com os robôs que os próprios seres humanos. Casos de hostilidade de pessoas à presença de carros autônomos e robôs de segurança evidenciam que, diferente dos animais, as pessoas ainda têm um longo caminho para conviver em harmonia com as máquinas.