Exame Logo

Cabo submarino do Google vai ligar São Paulo e Rio

O projeto é gerenciado pelo Google em parceria com a Padtec, empresa nacional de infraestrutura óptica terrestre

Sede do Google, no Vale do Sicílio: o Google deve reduzir os contratos com operadoras de telecomunicações (Ole Spata/Corbis/Latinstock)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2016 às 11h10.

São Paulo - O Google anunciou na terça-feira, 15, que vai construir um cabo submarino de fibra óptica que interligará os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.

O projeto é gerenciado pelo Google em parceria com a Padtec, empresa nacional de infraestrutura óptica terrestre. Com o negócio, a empresa, que tem sede em Campinas (SP), entra no segmento de cabos submarinos.

Chamado de Júnior - em homenagem ao pintor e desenhista brasileiro José Ferraz de Almeida Júnior, que viveu no século 19 - o cabo terá 390 quilômetros de extensão e ligará a Praia da Macumba, no Rio de Janeiro, à Praia Grande, na Baixada Santista.

As empresas pretendem finalizar a instalação e iniciar a operação do cabo no segundo semestre de 2017. O Google não revelou o valor investido.

De acordo com o gerente de parcerias de desenvolvimento de infraestrutura de internet do Google para a América Latina, Cristian Ramos, o Júnior será usado para transmissão de dados dos serviços da própria empresa.

"Temos um tráfego muito grande no Google, por isso precisamos construir cabos para transportar todo este conteúdo", diz.

Atualmente, a companhia utiliza o serviço de grandes operadoras. "O Google não tem o intuito comercial de vender capacidade de transmissão pelo cabo submarino", afirmou Ramos, em relação aos planos de oferecer serviços a outras empresas.

O Júnior terá capacidade máxima de transmissão de 13 terabits por segundo (Tbps) - para efeito de comparação, a maior parte das conexões de banda larga fixa no Brasil têm velocidade entre 2 Mbps e 12 Mbps, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Ao investir em uma infraestrutura de rede própria, o Google deve reduzir os contratos com operadoras de telecomunicações, o que permitirá que a empresa reduza custos para oferecer seus serviços no Brasil.

Submersos

Os cabos submarinos permitem transmitir grandes volumes de dados entre data centers separados por grandes distâncias. Nesses casos, o uso de cabos terrestres é inviável, já que eles teriam que ser ajustados a diversas condições geográficas. Além disso, os cabos submarinos estão menos sujeitos a cortes.

Composto por oito pares de fibra óptica e por três repetidores submarinos, o Júnior complementa outros projetos de infraestrutura de internet do Google: ele vai se conectar a outros dois cabos anunciados pela empresa, mas que ainda não estão em operação.

Um deles é o Monet, de 10 mil quilômetros, que conectará Boca Raton, nos Estados Unidos, às cidades de Fortaleza e Santos. O segundo é o Tannat, que se estenderá por 2 mil quilômetros, ligando Santos ao Uruguai. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também

São Paulo - O Google anunciou na terça-feira, 15, que vai construir um cabo submarino de fibra óptica que interligará os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.

O projeto é gerenciado pelo Google em parceria com a Padtec, empresa nacional de infraestrutura óptica terrestre. Com o negócio, a empresa, que tem sede em Campinas (SP), entra no segmento de cabos submarinos.

Chamado de Júnior - em homenagem ao pintor e desenhista brasileiro José Ferraz de Almeida Júnior, que viveu no século 19 - o cabo terá 390 quilômetros de extensão e ligará a Praia da Macumba, no Rio de Janeiro, à Praia Grande, na Baixada Santista.

As empresas pretendem finalizar a instalação e iniciar a operação do cabo no segundo semestre de 2017. O Google não revelou o valor investido.

De acordo com o gerente de parcerias de desenvolvimento de infraestrutura de internet do Google para a América Latina, Cristian Ramos, o Júnior será usado para transmissão de dados dos serviços da própria empresa.

"Temos um tráfego muito grande no Google, por isso precisamos construir cabos para transportar todo este conteúdo", diz.

Atualmente, a companhia utiliza o serviço de grandes operadoras. "O Google não tem o intuito comercial de vender capacidade de transmissão pelo cabo submarino", afirmou Ramos, em relação aos planos de oferecer serviços a outras empresas.

O Júnior terá capacidade máxima de transmissão de 13 terabits por segundo (Tbps) - para efeito de comparação, a maior parte das conexões de banda larga fixa no Brasil têm velocidade entre 2 Mbps e 12 Mbps, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Ao investir em uma infraestrutura de rede própria, o Google deve reduzir os contratos com operadoras de telecomunicações, o que permitirá que a empresa reduza custos para oferecer seus serviços no Brasil.

Submersos

Os cabos submarinos permitem transmitir grandes volumes de dados entre data centers separados por grandes distâncias. Nesses casos, o uso de cabos terrestres é inviável, já que eles teriam que ser ajustados a diversas condições geográficas. Além disso, os cabos submarinos estão menos sujeitos a cortes.

Composto por oito pares de fibra óptica e por três repetidores submarinos, o Júnior complementa outros projetos de infraestrutura de internet do Google: ele vai se conectar a outros dois cabos anunciados pela empresa, mas que ainda não estão em operação.

Um deles é o Monet, de 10 mil quilômetros, que conectará Boca Raton, nos Estados Unidos, às cidades de Fortaleza e Santos. O segundo é o Tannat, que se estenderá por 2 mil quilômetros, ligando Santos ao Uruguai. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGoogleMetrópoles globaisRio de Janeirosao-pauloTecnologia da informação

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Tecnologia

Mais na Exame