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Britânica de computação quântica capta US$ 60 mi para escalar processadores de última geração

Rodada Série A, uma das maiores do Reino Unido, foi liderada pelo braço de capital de risco da britânica National Grid

Carmen Palacios‑Berraquero: fundadora da Nu Quantum (Reprodução)

Carmen Palacios‑Berraquero: fundadora da Nu Quantum (Reprodução)

Publicado em 10 de dezembro de 2025 às 09h32.

Última atualização em 10 de dezembro de 2025 às 10h19.

A startup britânica Nu Quantum, que desenvolve infraestrutura de rede para conectar e escalar processadores de computação quântica, captou US$ 60 milhões em uma das maiores rodadas Série A já registradas no Reino Unido. A avaliação da empresa, no entanto, não foi divulgada.

Esse aporte foi liderado pela National Grid Partners, braço de capital de risco sediado no Vale do Silício da companhia de energia britânica. O investimento reflete o interesse crescente do setor energético em tecnologias quânticas para otimização de redes e consumo.

A rodada superou a meta inicial de US$ 40 milhões a 50 milhões e contou com a participação dos fundos Morpheus Ventures, Gresham House Ventures e de todos os investidores já existentes, incluindo Amadeus Capital, IQ Capital e Presidio Ventures, da japonesa Sumitomo. Uma nova rodada de financiamento está prevista para a segunda metade de 2027.

Spin-out da Universidade de Cambridge, a empresa fundada por Carmen Palacios‑Berraquero planeja usar os recursos para construir uma plataforma de testes que comprove sua capacidade de conectar unidades de processamento quântico.

Entre os possíveis parceiros, estão empresas como a norte-americana IonQ e a também britânica Quantinuum, subsidiária da Honeywell, que avançam nessa frente.

Beneficiada pelo boom da IA

Embora ainda distante de aplicações comerciais em larga escala, a computação quântica tem atraído capital de risco por sua promessa de, com uma arquitetura diferente da tradicional, acelerar exponencialmente o processamento de dados.

Palacios-Berraquero disse à Bloomberg que o atual ciclo de investimentos em inteligência artificial, com bilhões sendo aplicados em data centers e infraestrutura de processamento, ajudou a atrair o interesse de investidores. “A percepção é que o avanço em hardware pode transformar e abrir mercados gigantescos”, afirmou a executiva.

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