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Brasil é o segundo país com mais downloads em ranking de pirataria

Foram mais de 1,1 bilhão de downloads registrados, que colocam o país logo atrás dos EUA no ranking de pirataria

piratari (sxc.hu)

piratari (sxc.hu)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 18h35.

Um estudo divulgado pela consultoria Tru Optik revelou que o Brasil realmente é grande quando o assunto é pirataria. Segundo a análise, os internautas do país, registrados em mais de 71 milhões de endereços IPs, realizaram mais de 1,1 bilhão de downloads de conteúdo por meio de redes peer-to-peer no ano passado – números que colocam a região como a segunda colocada nos dois rankings mundiais, atrás apenas dos EUA.

Os norte-americanos são donos de mais de 108 milhões de IPs “criminosos”, que realizaram pouco mais de 2,1 bilhões de downloads piratas em 2014. No entanto, em termos de demanda não-monetizada – conceito que é basicamente a soma dos valores de músicas, séries, filmes e programas baixados irregularmente –, o país fica apenas em terceiro lugar.

À frente dele, estão a Índia e o Brasil, em segundo e primeiro lugares, respectivamente. Por aqui, o total de arquivos baixados equivale a cerca de 99,6 bilhões de dólares, valor mais de 30 bilhões acima dos registrados pelos indianos e pelos norte-americanos. O total mundial, aliás, foi de 836,8 bilhões de dólares, com 77,9% dele vindo de programas “ilegais”.

PaísEndereços IPPaísDownloads  
EUA108,7 milhões     EUA2,1 bilhões  
Brasil71,2 milhõesBrasil1,16 bilhão  
Reino Unido      62,4 milhõesÍndia1,08 bilhão  
Rússia52,5 milhõesAustrália1,02 bilhão  
Índia38,7 milhõesReino Unido      939,9 milhões  
Itália36,5 milhõesCanadá704,1 milhões  
China36 milhõesFilipinas578 milhões  
Austrália30,6 milhõesRússia531,3 milhões  
França29,3 milhõesPaquistão430,3 milhões  
Canadá27,5 milhõesItália381,5 milhões  

Programas piratas – Falando em software, o Windows 8.1 foi o mais baixado, com 118,7 milhões de downloads registrados. O Internet Download Manager aparece em segundo, com 108,3 milhões, e Photoshop CS6 fica em terceiro, com 79,4 milhões.

A AutoDesk, porém, foi a empresa que mais teria ganho dinheiro se todos tivessem pagado pelos programas. Foram mais de 213 bilhões de dólares de demanda não-monetizada, valor que impulsionado pelo alto preço de seu Autocad – a licença da edição 2015 sai por 4 195 dólares. O número deixa a companhia bem distante da vice-líder Adobe e seus 164 milhões.

Dos países, a Índia foi a que baixou programas piratas (159,9 milhões), seguida do Brasil (1426 milhões) e dos EUA (114,4 milhões). Os brasileiros, entretanto, são os donos da maior quantidade de endereços IP, com 32,7 milhões deles – contra 27,6 milhões da Índia e 23,3 milhões dos EUA, segundo e terceiro colocados.

ProgramaDownloadsEmpresaDemanda não-monetizada
Windows 8.1118,7 milhões        AudodeskUS$ 213,6 bilhões
Internet Download Manager      108,3 milhõesAdobeUS$ 164,2 bilhões
Photoshop CS679,4 milhõesMicrosoftUS$ 105,7 bilhões
Windows 7 Ultimate69,7 milhõesIBMUS$ 33,1 bilhões
Photoshop CC1445,5 milhõesDassault Systems   US$ 23,2 bilhões
Driver Pack Solution 1345,3 milhõesSonyUS$ 18,8 bilhões
Acrobat 11 Pro43,2 milhõesMathworksUS$ 9,2 bilhões
Office Professional Plus41 milhõesMAXONUS$ 9 bilhões
Autocad 201439,3 milhõesElcomsoftUS$ 7,4 bilhões
Windows 7 Loader36,5 milhõesAbletonUS$ 7,1 bilhões

Para chegar nos valores, a Tru Optik diz ter coletado dados de redes peer-to-peer usando “métodos proprietários” e “criado bancos para armazenar sequências de informações cruas e perfiladas”. O valor de demanda não-monetizada veio das mídias analisadas, que ainda geraram tags de metadados usadas para agrupar tudo seguindo determinadas características.

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