Brasil deve aumentar investimentos em robótica, defende professor
Robôs seriam desenvolvidos para agricultura e exploração de petróleo na camada pré-sal, segundo professor da USP São Carlos
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2011 às 06h54.
Rio de Janeiro – O Brasil deve aproveitar o potencial em áreas como agricultura e exploração de petróleo na camada pré-sal para investir na indústria de robótica, defende o professor Marco Henrique Terra, da Universidade de São Paulo em São Carlos (USP São Carlos). “São dois setores que, economicamente, podem resultar em algo viável para se investir em robótica”, ressaltou.
Segundo ele, comparada à situação de países desenvolvidos, o Brasil não ocupa uma boa posição no que se refere a esse tipo de teconolgia. O professor destacou que, no entanto, no país há uma série de iniciativas pontuais que, se forem incentivadas, poderão trazer resultados favoráveis.
“Acredito que no médio e longo prazos, se a gente conseguir focar em determinados setores específicos, em que o Brasil tem potencial econômico para competir, a gente possa obter alguma coisa.”
Terra lembrou que as plataformas do pré-sal ficarão bastante afastadas da costa, o que indica que o nível de automação e de robotização será alto na atividade de exploração nessas áreas. “Pela distância, por segurança das pessoas que trabalham, quanto menos gente houver nessas plataformas, melhor. Aí há um cenário para médio e longo prazo para empresas de pequeno porte, se houver investimentos para que elas desenvolvam soluções para esse tipo de exploração, que é nova e diferente da que se faz hoje.”
A inovação tecnológica no Brasil na indústria de robôs será tema de debate hoje (14), no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro. A ênfase será a fabricação de produtos de elevado valor agregado e o crescimento de empregos com qualificação.
Terra disse que as iniciativas brasileiras em robótica são feitas, na maioria dos casos, por empresas de pequeno porte. “Portanto, há muito o que se fazer. Acho que o caminho é esse: potencializar a pesquisa nessas empresas que se propõem a fazer isso aqui no Brasil.”
Entre os principais robôs em atividade, está o Ambiental Híbrido Chico Mendes, criado em 2005 pelo Centro de Pesquisas da Petrobras, para fazer o monitoramento da Amazônia. Para outros segmentos, como a indústria nuclear, Terra afirmou que ainda não foram desenvolvidos robôs no Brasil.
Para ele, tanto o governo quanto a iniciativa privada devem investir na área de robótica. A Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia (Finep) investiu em projetos de robótica R$ 47,5 milhões, no período entre 2004 e 2010.
O professor disse que o investimento ainda “é pouco”, mas destacou que a Finep “tem feito o que pode”. “Com os recursos de que dispõe, tem feito o máximo possível e trabalhado bem, definindo prioridades de maneira criteriosa e apropriada.”
Terra destacou que nos Estados Unidos, por exemplo, um único projeto voltado para o desenvolvimento de um robô aéreo pode demandar investimentos de até US$ 30 milhões.
Rio de Janeiro – O Brasil deve aproveitar o potencial em áreas como agricultura e exploração de petróleo na camada pré-sal para investir na indústria de robótica, defende o professor Marco Henrique Terra, da Universidade de São Paulo em São Carlos (USP São Carlos). “São dois setores que, economicamente, podem resultar em algo viável para se investir em robótica”, ressaltou.
Segundo ele, comparada à situação de países desenvolvidos, o Brasil não ocupa uma boa posição no que se refere a esse tipo de teconolgia. O professor destacou que, no entanto, no país há uma série de iniciativas pontuais que, se forem incentivadas, poderão trazer resultados favoráveis.
“Acredito que no médio e longo prazos, se a gente conseguir focar em determinados setores específicos, em que o Brasil tem potencial econômico para competir, a gente possa obter alguma coisa.”
Terra lembrou que as plataformas do pré-sal ficarão bastante afastadas da costa, o que indica que o nível de automação e de robotização será alto na atividade de exploração nessas áreas. “Pela distância, por segurança das pessoas que trabalham, quanto menos gente houver nessas plataformas, melhor. Aí há um cenário para médio e longo prazo para empresas de pequeno porte, se houver investimentos para que elas desenvolvam soluções para esse tipo de exploração, que é nova e diferente da que se faz hoje.”
A inovação tecnológica no Brasil na indústria de robôs será tema de debate hoje (14), no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro. A ênfase será a fabricação de produtos de elevado valor agregado e o crescimento de empregos com qualificação.
Terra disse que as iniciativas brasileiras em robótica são feitas, na maioria dos casos, por empresas de pequeno porte. “Portanto, há muito o que se fazer. Acho que o caminho é esse: potencializar a pesquisa nessas empresas que se propõem a fazer isso aqui no Brasil.”
Entre os principais robôs em atividade, está o Ambiental Híbrido Chico Mendes, criado em 2005 pelo Centro de Pesquisas da Petrobras, para fazer o monitoramento da Amazônia. Para outros segmentos, como a indústria nuclear, Terra afirmou que ainda não foram desenvolvidos robôs no Brasil.
Para ele, tanto o governo quanto a iniciativa privada devem investir na área de robótica. A Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia (Finep) investiu em projetos de robótica R$ 47,5 milhões, no período entre 2004 e 2010.
O professor disse que o investimento ainda “é pouco”, mas destacou que a Finep “tem feito o que pode”. “Com os recursos de que dispõe, tem feito o máximo possível e trabalhado bem, definindo prioridades de maneira criteriosa e apropriada.”
Terra destacou que nos Estados Unidos, por exemplo, um único projeto voltado para o desenvolvimento de um robô aéreo pode demandar investimentos de até US$ 30 milhões.