EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h35.
A subsidiária da BenQ na Alemanha não tem mais caixa para continuar operando e deve entrar, nos próximos dias, com um pedido de insolvência no Tribunal de Munique. De acordo com comunicado da empresa, a fabricante de celulares decidiu também não aportar mais capital na operação alemã. Segundo a empresa, as últimas análises concluíram que o volume de vendas e a margem para o Natal - melhor período do ano para o comércio em geral - ficaram abaixo das expectativas.
A direção das operações alemãs foi transferida para Taipei, onde está a sede da empresa. A empresa reconhece que a decisão trará impactos para os 3 000 funcionários da BenQ na Alemanha, mas não detalhou quais. A empresa limitou-se a dizer, apenas, que está tomando as devidas providências para que os serviços não sejam afetados no país.
Em nota divulgada pela sede, na manhã desta quinta-feira (28/9), a companhia afirma que as operações em outras localidades, como o Brasil - citado explicitamente no texto - também passam por uma reavaliação financeira. Um comunicado da subsidiária brasileira, contudo, afirma que "as operações continuam sem qualquer alteração. A diferença é que a partir de agora a subsidiária reportará para Taipei. Isso significa mais agilidade na conduta dos negócios." Antes, a operação brasileira era dirigida a partir da Alemanha.
A BenQ Mobile é uma empresa do grupo chinês BenQ. Tradicional fornecedor de celulares para companhias como a Nokia e a Motorola, em junho do ano passado, o grupo decidiu diversificar as operações e lançar aparelhos com sua própria marca. A solução foi comprar a divisão de celulares da Siemens, que procurava, havia um ano, uma forma de sanear as contas nesse ramo. A empresa possui uma fábrica em Manaus, além de plantas na China e em Taiwan. No total, emprega 7 000 funcionários.