Ativistas pedem que WhatsApp se separe do Facebook
Acompanha acontece diante das críticas ao Facebook quanto ao compartilhamento indevido de dados de usuários
AFP
Publicado em 22 de maio de 2018 às 19h06.
Uma coalizão de grupos ativistas anunciou uma campanha para desmembrar o Facebook , argumentando que a enorme rede social "tem muito poder sobre nossas vidas e sobre a democracia".
Os grupos criaram um site e um perfil no próprio Facebook para angariar apoio para uma petição à Comissão Federal de Comércio dos EUA para exigir que a empresa de mídia social desmembre Instagram , WhatsApp e Messenger em redes concorrentes e "imponha regras fortes de privacidade".
O esforço foi lançado por grupos focados em direitos digitais, privacidade e outras causas sociais.
"O Facebook e Mark Zuckerberg acumularam poder em quantidade assustadora", disseram os grupos em seu site.
"O Facebook decide unilateralmente sobre as notícias que bilhões de pessoas em todo o mundo veem todos os dias. Ele compra ou leva à falência potenciais concorrentes para proteger seu monopólio, matando a inovação e a escolha. Ele rastreia quase todos os lugares que acessamos na internet e, através de nossos smartphones, até aonde vamos no mundo real", acrescentaram.
O esforço acontece em um momento no qual o Facebook é criticado nos Estados Unidos e em outros países pelo compartilhamento de dados de aproximadamente 87 milhões de usuários.
Em resposta à campanha, um porta-voz da empresa disse que o Facebook "está em um ambiente competitivo onde as pessoas usam nossos aplicativos ao mesmo tempo em que usam serviços gratuitos oferecidos por muitos outros".
O porta-voz declarou por e-mail que "a pessoa comum usa oito aplicativos diferentes para se comunicar e permanecer conectado".
O presidente-executivo e fundador da empresa, Mark Zuckerberg, disse no Congresso norte-americano no mês passado que acha que o Facebook é um monopólio.
Segundo estimativas, o Facebook tem cerca de dois bilhões de usuários em todo o mundo e seus serviços de mensagens instantâneas, Messenger e WhatsApp, somam mais de um bilhão de pessoas.
Um desmembramento da rede social e seus aplicativos exigiria uma longa investigação pelas autoridades dos EUA, além de uma batalha judicial potencialmente longa.