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As plataformas que revolucionaram o comércio eletrônico chinês

O crescimento robusto do e-commerce da China, além de criar inovação e infraestrutura digital, impulsiona o avanço do mercado liderado por empresas como Alibaba, JD.com e Tencent

Um homem passa por uma placa da Tencent do lado de fora da sede da empresa, em Pequim (GREG BAKER/Getty Images)
China2Brazil

Agência

Publicado em 2 de junho de 2023 às 14h25.

Última atualização em 2 de junho de 2023 às 15h08.

O comércio eletrônico chinês obteve um crescimento surpreendente ao longo dos anos, tornando-se um dos maiores mercados de e-commerce do mundo.

Em 2022, segundo a Statista, 27,2% do total de vendas no varejo na China foram feitas online, crescendo em relação aos 24,5% registrados em 2021. Esse movimento foi graças ao desenvolvimento do e-commerce e que tem como principais nomes Alibaba, JD.com e Tencent.

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O e-commerce chinês começou a ganhar destaque no final dos anos 1990, quando as empresas chinesas procuravam explorar as oportunidades oferecidas pela internet. Naquela época, a China estava no processo de abertura econômica, passando por reformas e a internet fornecia um novo canal de negócios para as empresas chinesas.

Alibaba, JD.com e Tencent foram criadas nesse mesmo período e desempenharam um papel fundamental para o amadurecimento do e-commerce chinês. O Alibaba, fundado por Jack Ma em 1999, foi uma das primeiras empresas a apostar no potencial do comércio eletrônico na China. Inicialmente, o Alibaba operava como uma plataforma de negócios B2B, conectando empresas chinesas com clientes internacionais.

Em 2003, o Alibaba lançou o Taobao, uma plataforma de comércio eletrônico C2C (consumidor para consumidor), que rapidamente se tornou um sucesso. O Taobao permite que indivíduos vendam produtos online, impulsionando o crescimento do e-commerce entre os pequenos empreendedores chineses.

Em 2008, o Alibaba lançou o Tmall, uma plataforma de comércio eletrônico B2C (empresa para consumidor), destinada a marcas e varejistas independentes. O Tmall se tornou uma plataforma popular para as principais marcas internacionais e chinesas alcançarem os consumidores chineses em massa.

No mesmo período, a JD.com, fundada por Richard Liu em 1998, também estava ganhando destaque no cenário do e-commerce chinês. Inicialmente, a JD.com era uma loja online de eletrônica, mas rapidamente expandiu o seu catálogo para incluir uma vasta gama de produtos. A JD.com se destaca pela sua abordagem verticalmente integrada, controlando a logística e a entrega dos produtos para garantir uma experiência de compra eficiente e confiável.

Nos anos seguintes, o comércio eletrônico chinês cresceu rapidamente, impulsionado por vários fatores. O primeiro foi o crescimento exponencial do acesso móvel à internet e adoção de dispositivos por consumidores chineses. O aumento da conectividade e a popularidade dos smartphones criaram uma base sólida para seu crescimento.

Além disso, a China também testemunhou um crescimento significativo no setor logístico, com empresas como a Cainiao (parte do Alibaba Group) investindo em infraestrutura e tecnologia para melhorar a eficiência da entrega. Esses avanços no setor logístico ajudaram a superar os desafios de distribuição em um país geograficamente vasto.

Atualmente, o e-commerce chinês é dominado por algumas plataformas principais, sendo as mais proeminentes o Alibaba Group (que inclui o Taobao, Tmall e AliExpress) e JD.com. Essas plataformas abrangem uma ampla gama de produtos, desde eletrônicos e roupas até mantimentos e serviços.

O panorama do e-commerce na China também foi impulsionado pela ascensão do livestreaming de vendas. Celebridades, influenciadores e vendedores usam plataformas como o Taobao Live para realizar a transmissão ao vivo, onde podem interagir diretamente com os espectadores e promover produtos. Essa forma de marketing e vendas se tornou extremamente popular na China e impulsionou ainda mais o comércio eletrônico.

Digitalização

Outro aspecto importante foi o uso de pagamentos móveis na China. O Alipay, do Alibaba, e o WeChat Pay, da Tencent, são dois dos principais serviços de pagamento digital utilizados pelos consumidores chineses.

Essas plataformas permitem que os consumidores façam pagamentos de forma conveniente usando seus smartphones, tanto em lojas físicas quanto online. Esses sistemas de pagamento facilitam as transações online e offline, aumentando a popularidade e o crescimento do mercado eletrônico.

Em termos de inovação, a China também está liderando o caminho com o desenvolvimento do comércio eletrônico social. Plataformas como o Pinduoduo permitem que os consumidores compartilhem produtos com amigos, família ou outros membros da comunidade para comprar produtos em grandes quantidades, obtendo descontos significativos. Quanto mais pessoas se juntarem à compra em grupo, maior será o desconto obtido.

No geral, o comércio eletrônico chinês se transformou em um setor extremamente lucrativo e influente, impulsionado pela infraestrutura digital avançada e a inovação contínua nas plataformas e nas formas de marketing. A China permanece como um líder global no comércio eletrônico, com um panorama dinâmico e um mercado em constante evolução.

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