GOOGLE: a parte da Alphabet que engloba os empreendimentos mais tradicionais continua bem, mas o problema são as outras apostas / Justin Sullivan/Getty Images
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2016 às 05h07.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h35.
Hoje é um daqueles raros dias em que a Alphabet, companhia dona do Google, estará contra a parede. Criada há cerca de um ano, a empresa realiza sua primeira reunião anual de acionistas. É dia para prestar contas, para definir os novos conselheiros e, principalmente, para explicar a baixa rentabilidade das novas apostas do conglomerado.
As dificuldades foram escancaradas em abril, quando a Alphabet divulgou seus resultados trimestrais e as ações despencaram 6% em um dia. O faturamento do Google — que conta com as operações tradicionais, como busca, o canal de vídeos YouTube, o sistema de geolocalização Maps e o sistema operacional mobile Android — cresceu 17% em 12 meses.
Mas o real problema, começou a ficar claro, está em outras frentes. Empresas como a Nest, de automação doméstica, a investidora Google Capital e o segmento de carros automatizados apresentam resultados aquém do esperado. No ano passado, essas empresas faturaram 448 milhões de dólares e 3,6 bilhões de dólares de prejuízo.
No último final de semana, o presidente da Nest, Tony Fadell, anunciou que deixaria a posição na companhia que ele ajudou a fundar há dois anos. A Alphabet disse que haveria uma transição de Fadell para outro cargo.
No curto prazo, não há grandes preocupações. Analistas estimavam que a Alphabet crescer 9% no final de 2016. Ainda é a companhia com o segundo maior valor de mercado do mundo e com faturamento anual de 74,5 bilhões de dólares. O problema está lá na frente. A ver se o dia de hoje apresenta respostas.