Galaxy: smartphones da Samsung são os mais vendidos da América Latina no terceiro trimestre de 2019 (NurPhoto/Getty Images)
Lucas Agrela
Publicado em 21 de novembro de 2019 às 14h41.
Última atualização em 21 de novembro de 2019 às 14h46.
São Paulo -- No terceiro trimestre de 2019, o mercado de smartphones na América Latina teve uma retomada do crescimento após quatro trimestres consecutivos de retração. Dados da consultoria Counterpoint Research mostram que o setor cresceu 3,7% em relação ao mesmo período no ano anterior.
As empresas que mais cresceram foram a sul-coreana Samsung, que lidera o mercado de celulares na região, e a chinesa ZTE.
De acordo com Tina Lu, analista sênior da Counterpoint Research, diferentes fatores contribuíram para o crescimento do setor na América Latina. "A erosão de preços de aparelhos antigos e o lançamento de novos dispositivos fez com que os consumidores da América Latina acelerassem a troca de seus smartphones. Mas a concentração do mercado cresceu, com as três primeiras marcas representando agora 69% do mercado, contra 65% no terceiro trimestre de 2018", afirmou Tina, em nota.
A maior parte do crescimento registrado no período foi captado pela Samsung, que teve o maior aumento de parcela de mercado entre as três primeiras colocadas.
A consultoria analisa ainda que a Huawei se cresce pouco desde que foi anunciado o bloqueio do governo norte-americano, o que impediria atualizações do sistema operacional Android em seus aparelhos. Todavia, isso segue em adiamento. A consultoria vê potencial para a Huawei se manter competitiva na América Latina durante o ano que vem. Mas a empresa ainda não consegue crescer no mercado brasileiro por não possuir capacidade local de manufatura.
A Motorola, que pertence à chinesa Lenovo, cresceu no período e roubou mercado da sul-coreana LG, cuja parcela de mercado continua a diminuir, apesar de estar em terceiro lugar no Brasil e na Argentina em números de vendas de celulares.
A Apple não teve crescimento na região no período em razão da diferença de preços em relação ao cobrado nos Estados Unidos, que pode ser de 50% a 100% maiores. Com isso, muitos usuários compram o produto no mercado norte-americano.
Confira, na tabela abaixo, as fabricantes que mais venderam produtos na América Latina no terceiro trimestre de 2019, segundo a consultoria Counterpoint Research.