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Aquecimento global pode impedir era glacial em 100 mil anos

O aquecimento global deve interromper o ciclo natural das eras glaciais e contribuir para atrasar a próxima idade do gelo, dizem cientistas


	Aquecimento global: no último milhão de anos, o mundo teve cerca de dez eras glaciares antes de retornar para condições mais quentes como a do presente
 (Getty Images)

Aquecimento global: no último milhão de anos, o mundo teve cerca de dez eras glaciares antes de retornar para condições mais quentes como a do presente (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 19h18.

Oslo - O aquecimento global deve interromper o ciclo natural das eras glaciais e contribuir para atrasar a próxima idade do gelo em até cerca de 100 mil anos a partir de agora, disseram cientistas nesta quarta-feira.

No último milhão de anos, o mundo teve cerca de dez eras glaciares antes de retornar para condições mais quentes como a do presente.

Na última era glacial, que terminou 12 mil anos atrás, camadas de gelo cobriram o que é agora o Canadá, o norte da Europa e a Sibéria.

Numa nova explicação sobre as longas quedas nas temperaturas globais que levam à era glacial, cientistas apontaram para um combinação de mudanças de longo prazo na órbita da Terra ao redor do Sol, junto com níveis de dióxido de carbono na atmosfera.

Eles afirmaram que o planeta parecia naturalmente no caminho para escapar de uma era glacial pelos próximos 50 mil anos, um período longo incomum de calor, de acordo com o estudo liderado pelo Instituto de Pesquisa sobre Impacto Climático de Postdam.

No entanto, o aumento da emissão de gases do efeito estufa provocado pela humanidade desde o início da Revolução Industrial no século 18 pode significar que o período quente dure por 100 mil anos, escreveram eles na revista Nature.

As descobertas sugerem que influências humanas "vão tornar impossível o início da próxima era glacial num período de tempo comparável à duração dos ciclos glaciares anteriores", escreveram.

“Os humanos têm o poder de mudar o clima em escalas de tempo geológicas”, disse o autor Andrey Ganopolsky à Reuters.

Ele afirmou que os impactos duradouros dos gases do efeito estufa para um futuro muito distante não afeta de maneira nenhuma a urgência de se cortar agora as emissões apontadas como culpadas por tempestades, ondas de calor e aumento do nível dos mares.  “Quanto antes pararmos, melhor”, declarou ele. Cerca de 200 governos chegaram a um acordo em Paris no mês passado para evitar combustíveis fósseis e assim combater as mudanças climáticas.

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